Representantes da Associação Odontológica de Ribeirão Preto (Aorp) apresentaram na última segunda-feira, 30 de julho, ao Conselho Sanitário Consultivo do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp), um estudo sobre os efeitos da fluoretação na prevenção e tratamento das cáries.
O estudo apresenta pesquisa desenvolvida pelo Centro Colaborador do Ministério da Saúde Bucal da Universidade de São Paulo (Cecol/USP) em parceria com o Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo (Crosp) e aponta que a média da fluoretação da água em Ribeirão Preto está dentro dos parâmetros estabelecidos pela portaria do Ministério da Saúde.
A portaria do governo federal estabelece que o índice de flúor na água deve ficar entre 0,6 miligramas por litro (mg/l) e 0,8 mg/l para ser considerado eficaz. A pesquisa do Crosp, em parceria com a USP, foi desenvolvida em 2014/2015, quando foi analisada a utilização do flúor na água em todos os 645 municípios paulistas. Durante três meses foi feita a medição dos índices de fluoretação e Ribeirão Preto apresentou 0,632 mg/l, dentro do estabelecido pelo Ministério da Saúde, apesar de estar no limite.
Além desta pesquisa, também foram apresentados dados da Secretaria Municipal da Saúde que demonstram redução de 56% na incidência de cáries entre 1992 e 2013. O processo de fluoretação da água em Ribeirão Preto teve início na década de 1990. O estudo foi apresentado pelos representantes da Aorp Ana Lúcia de Azevedo Barilli e José Roberto Tamburus, com o objetivo de mostrar aos membros do conselho a importância da fluoretação.
O encontro contou com a participação do superintendente do Daerp, Afonso Reis Duarte, do diretor técnico Lineu Andrade de Almeida, representantes dos setores de laboratório e controle do cloro e flúor do Daerp, além de pessoas ligadas a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), Centro Médico de Ribeirão Preto, Federação da Associação de Bairros de Ribeirão Preto (Fabarp) e da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (Aeaarp).
Em julho, o Instituto Indsat divulgou que o serviço de abastecimento de água de Ribeirão Preto foi considerado o melhor, ao lado de Campinas, no ranking de qualidade. O levantamento foi feito com entrevista de moradores de dez cidades do interior de São Paulo. Os dois municípios dividem o primeiro lugar com 751 pontos, porque Ribeirão Preto tem o maior índice positivo (mais citação de “ótimo”) e Campinas, o menor índice negativo. A pesquisa foi feita no primeiro trimestre deste ano.
De acordo com o Indsat, foram entrevistados 400 moradores em cada um dos dez municípios. Ao todo, 78% dos ribeirão-pretanos disseram que a qualidade da água está “ótima” ou “boa”, enquanto 15% responderam que o serviço está “regular”. A reprovação foi de apenas 7%.