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Política

Estrada do Piripau – Prefeitura perde verba do Estado

A prefeitura de Ribeirão Preto desistiu do convênio para recupe­rar, com recurso a fundo perdido do governo paulista, a Estrada do Piripau, localizada na Zona Les­te. O acordo havia sido assinado em 19 de março pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e previa o repasse de R$ 399.968,99 para a recuperação dos 6,8 quilômetros da via rural.

Em abril de 2017, o então governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou a autorização para a recuperação de 400 quilô­metros de estradas rurais em 46 municípios paulistas, num total de aproximadamente R$ 29,8 mi­lhões. A Estrada do Piripau estava incluída neste pacote. Segundo a Secretaria da Agricultura, o setor de licitação da prefeitura de Ri­beirão Preto resolveu cancelar o processo licitatório por discordar do modelo de edital estabelecido no convênio firmado.

Em reunião no dia 4 de julho, entre técnicos da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) regional de Ribeirão Preto e o setor de licitação da Secreta­ria Municipal da Administração, representantes da prefeitura in­formaram que o processo de licitação foi suspenso devido à discordância do setor jurídico em relação ao modelo de edital proposto pelo Banco Mundial, que libera os recursos para o go­verno paulista, repassados pos­teriormente, a fundo perdido, aos municípios beneficiados.

Como o prazo para o convê­nio termina no próximo em 30 de setembro, a secretaria afirma que não há a possibilidade de pror­rogação ou de novos convênios para a recuperação da Estrada do Piripau. Proprietária de uma chácara no Condomínio Piripau II, Márcia Domingues é categóri­ca ao afirmar que faltou vontade da administração municipal em executar a obra. Somente naquele condomínio existem mais de 100 chácaras. “Me informei na CATI e constatei que eles perderam estes recursos por incompetência da prefeitura”, afirma.

O que seria feito
Na primeira etapa seria reali­zada a terraplenagem para retira­da das lombadas e, depois, o acer­to do pavimento. A fase seguinte consistiria nas obras de drenagem de águas pluviais com as caixas de bueiro e tubulação de concre­to. Depois seria feito a base e sub-base de suporte do tráfego feito de solo brita e, finalmente o acerto final do terraço que é o acabamento final da estrada.

Licitação invertia fases
A Secretaria Municipal da Administração informou em nota que a licitação para contra­tar a empresa que iria realizar a recuperação da estrada exigia a inversão de fases prevista na lei es­tadual, mas não prevista na lei nº 8.666/1993 (Leia das Licitações) e nem na legislação municipal. “Por serem recursos do Banco Mun­dial, a obra deveria estar concluída até o final de agosto, porém, não houve tempo hábil para isso. No entanto, a administração já tomou as providências para a alocação de recursos para que a obra seja feita depois do período das chuvas, no começo de 2019”, diz a nota.

A inversão de fases na licitação citada pela prefeitura diz respeito à exigência do Banco Mundial de que os processos licitatórios feitos pelos municípios tenham inicio com a entrega das propostas financeiras das empresas inte­ressadas em participar da con­corrência para depois analisar os documentos e verificar quem está apto a participar.

Já no processo municipal a en­trega da proposta financeira é feita na segunda fase. Segundo especia­listas consultados pelo Tribuna, a mudança não traria problemas para Ribeirão Preto porque atual­mente todos os processos licitató­rios dos municípios do Estado de São Paulo são acompanhados em tempo real pelo Tribunal de Con­tas do Estado (TCE).

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