A Tecla Construções, que em 2017 assumiu a duplicação da avenida Antônia Mugnatto Marincek, a popular “Estradas das Palmeiras”, no Complexo Ribeirão Verde, Zona Leste da cidade, depois que a prefeitura de Ribeirão Preto cancelou o contrato com a Prime Infraestutura – considerada inidônea pela prefeitura em 22 de fevereiro –, começou a instalar as vigas de sustentação da ponte nesta quarta-feira, 13 de março.
O prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e o secretário de Obras Públicas, Pedro Luiz Pegoraro, acompanharam o início dos trabalhos. “Serão 21 vigas lançadas e, nos próximos dias, feito todo o tabuleiro e a pavimentação final dela. Em seguida, vamos demolir a ponte velha e construir uma igualzinha aqui para entregar a duplicação à população até o meio deste ano”, diz o chefe do Executivo.
A construção da ponte sobre o córrego das Palmeiras, que começou a receber as vigas de sustentação, é considerada a etapa mais complexa das obras de duplicação da avenida devido aos projetos de engenharia e licenças ambientais, emprego de funcionários, maquinário, desvios do trânsito e do curso d’água para a realização da obra.
Após a fase de fundação, com a construção das paredes e cortinas, o primeiro lado da ponte começou a receber as vigas de concreto e aço – no total, serão 42 colunas. Para içar as peças de 9.200 quilos, com 13,8 metros de comprimento por 0,7 metros de altura, a empresa responsável pela obra usou um guindaste com capacidade para suportar 80 mil quilos. O transporte do material até o local é feito com um caminhão prancha.
Segundo o engenheiro civil Tulio Vilanova, as peças são fabricadas a dois quilômetros do local da obra. “São duas formas de madeira, arma-se a ferragem e preenche-se com o cimento. O processo de cura leva 48 horas e a cada dois dias é fabricada uma peça”, explica o funcionário da Sanen Engenharia. A Secretaria Municipal de Obras Públicas informou que a avenida Antônia Mugnatto Marincek está com mais de 80% das obras de duplicação executadas pela Tecla Construções.
Em 2017, a administração municipal rompeu, unilateralmente, o contrato com a Prime Infraestrutura, que venceu a licitação, mas cumpriu menos de 10% do cronograma – 8,2%. A intervenção teve continuidade porque a terceira empresa habilitada pela comissão de licitação, em abril de 2016, para execução do projeto de duplicação da via, a Tecla Construções, aceitou, em 13 de novembro daquele ano, prosseguir com as obras. A construtora é a mesma que realizou a polêmica reforma do calçadão.
A empresa havia se comprometido a entregar as obras de pavimentação e duplicação da avenida Antônia Mugnatto Marincek, entre a Rodovia Anhanguera e rua José Malvaso, em 18 meses, contando a partir da data da assinatura do contrato, mas reduziu o prazo em seis meses, que não foi cumprido por causa das chuvas.
A duplicação da avenida é uma das obras executadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento II – PAC da Mobilidade Urbana, com investimento total de R$ 310 milhões. A Prime Infraestutura venceu o certame ao apresentar o menor valor, de R$ 25,3 milhões. A obra estava orçada inicialmente em R$ 35,9 milhões. A empresa recebeu da prefeitura R$ 2,23 milhões. Ou seja, a administração municipal está investindo mais R$ 23,07 milhões na duplicação, agora sob responsabilidade da Tecla Construções, que vai terminar os 91,8% restantes.
Duplicação
A duplicação da avenida Antonia Mugnatto Marincek, a popular “Estrada das Palmeiras”, está sendo feita entre a Rodovia Anhanguera e a rua José Malvaso, no Jardim Antônio Palocci, beneficiando cerca de 80 mil moradores. Os mais de quatro quilômetros da avenida vão receber urbanização completa, que inclui duplicação da via, pavimentação, ciclovia, bancos, lixeiras, abrigos em ponto de ônibus, rampas, calçadas e paisagismo. A avenida também contará com infraestrutura completa com a instalação de redes de água, esgoto e galerias de águas pluviais.