Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 e 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 4 de novembro, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o indexador oficial da inflação este ano seguiu em alta de 3,29%. Há um mês, estava em 3,42%. A projeção para o índice em 2020 permaneceu em 3,60%. Quatro semanas atrás, estava em 3,78%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente. As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Para o mercado financeiro, a Selic deve terminar 2019 e 2020 em 4,50% ao ano – está em 5%. Para 2021, a expectativa é que a Selic termine o período em 6% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 6,50% ao ano.
Preços administrados
O Relatório de Mercado Focus indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 4,50% para 4,69%. Para 2020, a mediana seguiu em alta de 4,10%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,32% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,10% em 2020. As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 3,5% em 2019 e 4,5% em 2020.
Crescimento da economia
A previsão de instituições financeiras para o crescimento da economia neste ano subiu levemente. A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 0,91% para 0,92%. As projeções para os anos seguintes não foram alteradas: 2% em 2020; e 2,50% em 2021 e 2022. Essas estimativas são de pesquisa a instituições financeiras, elaborada semanalmente pelo Banco Central (BC). A previsão para a cotação do dólar segue em R$ 4 para o final de 2019 e 2020.