Nesta segunda-feira, 13 de abril, São Paulo registrava 608 óbitos e 8.895 casos confirmados do novo coronavírus, causador da covid-19. São 20 novas mortes e 140 pessoas infectadas a mais em relação ao Domingo de Páscoa (12). O estado tem 167 cidades com pelo menos uma ocorrência da doença, 25,9% dos 645 municípios paulistas, e 65 deles têm no mínimo um óbito, 10% do total. Entre as vítimas fatais, estão 351 homens (57,73%) e 257 mulheres (42,27%). Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 82,2% das mortes.
O Hospital de Campanha do Pacaembu, instalado no estádio de futebol da Zona Oeste paulistana, registrou no Domingo de Páscoa a primeira morte por coronavírus. A vítima foi um homem de 36 anos que tinha doença de chagas. As instalações montadas pela prefeitura na capital paulista começaram a receber pacientes na segunda-feira (6). Segundo o boletim da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, 61 pessoas estão internadas atualmente no local, sendo que 55 em leitos de enfermaria e seis em leitos de estabilização.
Três pessoas receberam alta no final de semana e 19 aguardam transferência para o local. Já o Hospital de Campanha do Anhembi, na Zona Norte da cidade, que começou a funcionar no sábado (11), tem 13 pacientes. O espaço pode receber atualmente 326 internações. A previsão é que na segunda quinzena do mês, com a conclusão das instalações, a unidade atinja a capacidade de 1,8 mil leitos.
O governador João Doria (PSDB) anunciou, nesta segunda-feira (13), a arrecadação de um total de R$ 367,6 milhões em doações da iniciativa privada. O montante será integralmente utilizado nas ações do governo de São Paulo para o enfrentamento à pandemia do coronavírus e foi arrecadado durante reuniões realizadas com o Grupo Empresarial Solidário SP. As doações são de 83 empresas, instituições, associações de classe e pessoas físicas. Para mais informações sobre como doar, acesse www.saopaulo.sp.gov.br/ coronavirus. Em caso de dúvidas ou mais informações, entre em contato pelo e-mail doacao[email protected].
Telecomunicação
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) comunicou que cortes de serviços de telefonia de clientes inadimplentes estão proibidos em razão de decisões judiciais. O órgão regulador solicitou ainda que as empresas reconectem consumidores que tiveram serviços cortados por falta de pagamentos.
O ofício foi enviado às operadoras de telefonia do País em cumprimento da liminar da 12ª Vara Cível Federal de São Paulo. A decisão vale para todo o País enquanto perdurar o estado de calamidade em razão da pandemia do novo coronavírus – ou seja, até o fim do ano. No documento, a Anatel informa que apresentou argumentos contrários e tentou recorrer da decisão judicial. No entanto, a liminar foi confirmada pela juíza Natalia Luchini.
A juíza não só não acatou os argumentos da Anatel como elevou a multa por dia de descumprimento e por consumidor de R$ 10 mil para R$ 50 mil. A agência reguladora esclareceu, porém, que os embargos de declaração (recurso) ainda não foram julgados. A decisão da JF-SP impede também cortes de serviços de água e gás canalizado, assim como obriga o religamento desses serviços em até 24 horas.
Por outro lado, para reduzir os impactos decorrentes da crise, as teles sugeriram ao governo a criação de um vale-internet para manter a conectividade da população de baixa renda durante a crise. Batizado de “conexão solidária”, o programa ofereceria um voucher de R$ 15 mensais para 13,5 milhões de famílias cadastradas no Bolsa Família. O governo avalia a proposta.