Tribuna Ribeirão
Saúde

Estado tem mais de 4,5 mil mortes

GOVERNO DE SÃO PAULO

O número de mortes por covid-19 no estado saltou de 4.315 para 4.501 nesta sex­ta-feira, 15 de maio – foram 186 novos óbitos em 24 horas, sete a cada 60 minutos, alta de 4,3%. A quantidade de pesso­as infectadas pelo coronavírus subiu de 54.286 na quinta-fei­ra (14) para 58.378. São mais 4.092 casos confirmados, au­mento de 7,5%. A taxa de le­talidade está em 7,7%.

O novo coronavírus já está em 70,5% das cidades do estado. Em decorrência da expansão da doença no ter­ritório paulista, hoje, mais de 40% dos casos e óbitos por covid-19 referem-se a pessoas que residiam no interior, lito­ral e Grande São Paulo.

Essas regiões totalizavam, nesta sexta-feira, 1.827 mortes (40,6% do total) e 24.386 pes­soas infectadas (41,8%). Houve um ou mais infectados em 455 municípios, dos 645 que inte­gram o estado, e 209 deles têm registro de pelo menos uma ví­tima fatal da doença.

Nesta sexta-feira, havia 10.109 mil pacientes inter­nados em hospitais paulistas, sendo 3.904 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs, 38,6%) e 6.205 em enfermaria (61,4%). A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento a covid-19 é de 68,8% no estado e 84,4% na Grande São Paulo.

“Nós já totalizamos 70 mil testes que foram liberados em relação à covid-19”, afirma o secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann. “Des­de o dia 9 de abril, nós fizemos 55 mil testes de PCR. Pacientes leves e com sintomas gripais, a partir da semana que vem, se­rão incluídos na testagem RT­-PCR”, destaca o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo e diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas.

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta­-feira (15) a compra de mais dois milhões de testes rápidos do novo coronavírus, visando ampliar o diagnóstico da co­vid-19 e aprimorar o monito­ramento da curva de transmis­são em São Paulo. Além disso, lançou uma rede de coleta des­centralizada em parceria com o Centro Paula Souza, que englo­ba uma estratégia de detecção entre policiais, contenção da infecção na população privada de liberdade e em asilos.

Esses dois milhões de testes quase triplicam as aquisições de diagnóstico feitas pelo Estado, que já havia comprado 1,3 mi­lhão de testes em abril. O total investido é de R$ 199 milhões, por meio da Fundação Butan­tan. “É mais um esforço do go­verno do Estado no sentido de ampliar a testagem e também a rede de coleta descentralizada para exames de coronavírus”, afirma Doria.

Perfil da mortalidade
Entre as vítimas fatais, estão 2.673 homens (59,4%) e 1.828 mulheres (40,6%). Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 73% das mortes. Observando faixas etárias sub­dividas a cada dez anos, nota­-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (1.089 do total), seguida por 60-69 anos (1.029) e 80-89 (873).

Também faleceram 293 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (643 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (330), 30 a 39 (188), 20 a 29 (39) e 10 a 19 (12), e cinco com menos de dez anos.

Os principais fatores de ris­co associados à mortalidade são cardiopatia (58,7% dos óbi­tos), diabetes mellitus (43,7%), doença neurológica (11,4%), doença renal (10,8%) e pneu­mopatia (9,7%). Outros fatores identificados são imunode­pressão, obesidade, asma e do­enças hematológica e hepática. Esses fatores de risco foram identificados em risco: 3.636 pessoas que faleceram por co­vid-19 (ou 80,8%) do total.

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