A média de mortes confirmadas diariamente em São Paulo cresceu 280% no último mês. Atualmente, São Paulo registra 2.654 óbitos, com uma média de 118 por dia na última semana – foram 829 novas vítimas desde o dia 27 de abril. A taxa de letalidade está em 8,2%
Um mês atrás, a média era de 31 mortes por dia, conforme apontam os dados em intervalo de tempo similar: houve 219 óbitos entre 27 de março e 4 de abril. Hoje, o estado tem 32.187 casos confirmados, no total. As comparações também indicam que, na última semana, houve 10.491 novas confirmações.
Esse número equivale a uma média diária de quase 1.498 novos casos. Em 4 de abril, eram 4.048, com uma média de 403 por dia na semana que antecedeu esta data. Entre os mais de 32 mil infectados até o momento, 12.114 residem no interior, litoral e Grande São Paulo (37,6%).
Nessas regiões, houve 971 óbitos (36,5%). No momento, há um ou mais óbitos em 153 cidades e casos de covid-19 já foram confirmados em residentes de outras 334, o que representa 23,7% e 51,8% dos 645 municípios paulistas, respectivamente.
Nos hospitais de São Paulo há, hoje, 9.065 pacientes internados, somando 3.531 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs, 38,95%) e 5.534 em enfermaria (61,05%). A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento a covid-19 no sábado era de 67,9% no estado e 88,8% na Grande São Paulo.
Perfil da mortalidade
Entre as vítimas fatais, estão 1.556 homens (58,6%) e 1.098 mulheres (41,4%). Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 73,6% das mortes.
Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (670 do total), seguida por 60-69 anos (581) e 80-89 (517). Também faleceram 185 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (356 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (209), 30 a 39 (101), 20 a 29 (26) e 10 a 19 (8), e um com menos de dez anos.
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (60,1% dos óbitos), diabetes mellitus (43,5%), doença renal (11,6%), doença neurológica (11,4%) e pneumopatia (10,7%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática. Esses fatores de risco foram identificados em risco: 2.152 pessoas que faleceram por covid-19 (ou 81,1%) do total.
Homenagem
Um ato silencioso homenageou profissionais do sistema de saúde e de segurança pública de São Paulo na manhã deste sábado, 2, na Zona Oeste da cidade. Quarenta veículos das polícias Militar e Civil, Bombeiros, Defesa Civil e Técnico-Científica do Grau (Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências) percorreram a avenida Doutor Arnaldo, simbolizando um abraço solidário aos trabalhadores da linha de frente no combate ao coronavírus.
Sem o uso de sirenes e apenas com sinais luminosos ligados, os veículos circularam por trechos em frente ao Complexo do Hospital das Clínicas, Hospital Emílio Ribas, Faculdade de Medicina da USP e Instituto Adolfo Lutz. A homenagem teve início em frente ao Estádio do Pacaembu, seguindo em direção ao complexo hospitalar.