Tribuna Ribeirão
Economia

Estado reduz ICMS sobre o combustível de aviação

DIOGO MOREIRA/MCW

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta terça-feira (5) a redução da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o combustível de aviação. A alíquota, que hoje é de 25%, cairá para 12% e vai baratear o custo operacional das empresas aéreas.

Em contrapartida, em até 180 dias, o setor vai criar 70 no­vos voos em 490 partidas sema­nais para 21 estados e 38 desti­nos, além dos seis novos roteiros dentro de São Paulo, aumentan­do a oferta em todo o país.

“Nosso objetivo é aumentar a entrada de turistas no Estado como um todo”, disse Doria, acrescentando que o Estado também quer “continuar tendo uma visão brasileira do ponto de vista de importância econô­mica”. O corte na alíquota que incide sobre o querosene de aviação comercializado em São Paulo é reivindicação antiga das companhias aéreas. Segun­do estudos do setor, o preço do combustível representa em tor­no de 32% do custo operacio­nal total das empresas. Com a redução, a expectativa é incre­mentar o número de voos que partem dos terminais paulistas e aumentar o total de destinos regionais e nacionais.

A contrapartida exigida pelo governo prevê, ainda, que seis dos 70 novos voos regulares atendam exclusivamente a des­tinos em território paulista. A medida vai ampliar a malha aé­rea local e o fluxo de passagei­ros em aeroportos de todas as regiões do Estado, e não apenas na capital. Os novos destinos, porém, só serão anunciados após novos estudos técnicos conjuntos com as companhias. A desoneração tributária do se­tor aéreo terá efeito a partir de abril e será compensada pelo impacto econômico gerado pe­las contrapartidas.

Com a nova alíquota, a ar­recadação prevista para 2019 sobre a comercialização de que­rosene aéreo cairá de R$ 627 mi­lhões para R$ 422 milhões, mas a compensação total – direta, indireta, induzida e catalisada – representa uma previsão de, ao menos, R$ 316 milhões. A esti­mativa é que 59 mil empregos sejam gerados nos próximos 18 meses a partir da desoneração, com previsão de R$ 1,4 bilhão em salários anualmente.

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