Tribuna Ribeirão
Geral

Estado passa a usar reconhecimento facial

GOVERNO DE SÃO PAULO

A Polícia Civil de São Paulo passará a utilizar uma tecnologia de reconhecimen­to facial para identificar sus­peitos de crimes, foragidos e até pessoas desaparecidas. O recurso foi testado durante jogos da Copa América na ca­pital paulista e terá uma base de dados de 30 milhões de biometrias faciais e digitais, majoritariamente da popula­ção que emitiu documento de identidade no Estado.

O sistema começou a fun­cionar nesta terça-feira, 28 de janeiro, mas não em tempo real, isto é, as imagens de um local em que ocorreu um cri­me deverão ser enviadas para a equipe especializada, que sub­meterá o material à análise da nova tecnologia. O início do uso do sistema foi anunciado em evento com a presença do governador João Doria (PSDB) e outras autoridades.

Tecnologias semelhantes são utilizadas em Estados como Bahia e Rio de Janeiro, além de outros países, e já foram alvo de críticas por erros e identifi­car majoritariamente pessoas negras. De acordo com Doria, a tecnologia terá supervisão hu­mana “constante”. “Aqui o proce­dimento é para que seja correto e permanentemente avaliado. A tecnologia é o estado mais puro da arte para a identificação do que quer que seja, no âmbito do estudo, acadêmico, da segu­rança pública, da ciência, mas também falha”, diz.

“Temos que ter cuidado no acompanhamento da pró­pria tecnologia e ter um gru­po de trabalho, como há, de supervisão permanente para que nenhuma falha ocorra e, se ocorrer, ser suprimida ra­pidamente”, emenda. “O reco­nhecimento facial não vai ser utilizado isoladamente como meio de prova, nós vamos ‘linkar’ a outros procedimen­tos da Polícia Civil, que vão formar um conjunto e que vão aí determinar se esse sujeito, que é o suspeito, praticou o delito ou não”, completou o delegado-geral da Polícia Ci­vil, Ruy Ferraz Fontes.

Segundo o delegado Mi­tiake Yamamoto, diretor do Instituto de identificação da Polícia Civil (IIRGD), a base de dados deverá ser ampliado para 45 milhões de identi­dades. “Já foi usado na Copa América. Uma ‘blacklist’ foi inserida e identificou torce­dores do Chile que tinham alguma restrição, na hora”, comenta ele, que ressaltou que, embora o recurso possa ser utilizado em tempo real, a princípio, não será aplicado dessa forma em São Paulo.

O contrato que implan­tou o sistema na instituição venceu e, a partir de um novo acordo, firmado por meio de licitação em agosto de 2019, foi possível a expansão do pro­grama. A empresa vencedora do certame foi a Gemalto do Brasil, que investirá R$ 5,1 milhões no contrato, com vi­gência de um ano. Também foram entregues 376 viaturas para reforçar a frota da insti­tuição, por meio de um inves­timento de R$ 24 milhões.

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