Tribuna Ribeirão
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Estado mantém RP na faixa vermelha

ALFREDO RISK

A explosão de casos de co­ronavírus, a evolução de mor­tes por covid-19 e a alta taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva levaram o governo do Estado a manter suspensas as atividades comerciais e de pres­tação de serviços não essenciais em Ribeirão Preto e nas demais 25 cidades da área de atuação do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS XIII).

Ribeirão Preto continua na faixa vermelha do Plano São Paulo, quando apenas os servi­ços essenciais podem atender, e mesmo assim com restrições. A nova quarentena, a sexta desde o início da pandemia, vai até 30 de julho. Uma nova avaliação será anunciada no dia 24, quan­do o Estado vai informar se a re­gião terá condições de avançar de fase – provavelmente para a laranja, que é mais branda.

Na análise feita pelo Comitê de Contingenciamento da Co­vid-19 para o Plano ao Paulo, a capacidade hospitalar ficou na faixa vermelha. Segundo dados do Plano São Paulo, a ocupa­ção de leitos de UTI na área do DRS XIII era de 88%, com taxa de 15,7 para cada 100 mil habi­tantes (faixa verde). Já a varia­ção de óbitos foi de 1,31 e a de casos, de 1,37.

No último dia 3, o prefei­to Duarte Nogueira Júnior (PSDB) acatou as novas 17 medidas restritivas propostas pelo Ministério Público Esta­dual (MPE) e anunciou que durante 15 dias a quarentena teria regras mais rígidas em Ribeirão Preto – vai até dia 19. A ideia é frear o avanço da co­vid-19 e evitar um colapso no sistema de saúde (leia quadro nesta página).

As multas para quem deso­bedecer os decretos municipais e estaduais vão seguir o Códi­go Sanitário de Ribeirão Preto e do Estado e o Código Tributá­rio Estadual e vão de dez a 182 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps, cada uma vale R$ 27,61 neste ano), o que significa valores entre de R$ 276,10 a R$ 5.025,02.

Na quinta (9) e nesta sex­ta-feira (10), a taxa de ocupa­ção em de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento de pacien­tes com Sars-CoV-2 chegou a 99,4%. Nas unidades Campus e de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (HCFMRP/USP), a ocupação passou de 100% na quinta-feira, segundo dados da própria instituição.

Na semana de 22 a 28 de junho, o número de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 saltou de 3.600 para 4.520 – são 920 novos casos a cada 24 horas, média de 131 por dia. No período seguinte, de 28 de junho a 5 de julho, passou de 4.746 para 5.910, com 1.164 infecções a mais, 166 por dia. Já as mortes em decorrência da covid-19 subiram de 143 em 28 de junho para 184 em 5 de ju­lho, 41 a mais em uma semana, quase seis a cada 24 horas.

A do DRS XIII é formada por Ribeirão Preto, Altinópolis, Barrinha, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardi­nópolis, Luis Antônio, Monte Alto, Pitangueiras, Pontal, Pra­dópolis, Santa Cruz da Espe­rança, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho.

Na fase vermelha de flexibi­lização do Plano São Paulo só funcionam as atividades essen­ciais. Por enquanto, com as 17 novas medidas impostas pelo decreto nº 146;2020, o pre­feito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) descartou a possibili­dade de implantar “lockdown” – quando o governo decreta o confinamento e o isolamento total entre as pessoas.

Atualmente, em Ribeirão Preto, apenas os serviços es­senciais poderão atender pre­sencialmente. Entre eles estão os supermercados, padarias, açougues, bares, lanchonetes e restaurantes (desde que não haja consumo no local), far­mácias, drogarias, bancos (se­guindo as regras de distancia­mento e higienização), postos de combustíveis, serviços de limpeza, segurança, transpor­te (ônibus, táxis e aplicativos) e abastecimento.

Entre 1º e 14 de junho, Ri­beirão Preto estava na zona laranja do Plano São Paulo, que permite a abertura do co­mércio de rua e dos shopping centers, de concessionárias de veículos, imobiliárias e escritó­rios de advocacia, arquitetura, engenharia e de contabilidade, entre outros, com horário e lo­tação reduzidos.

O Plano São Paulo tem cinco faixas, diferenciadas por cores. Na vermelha, apenas os serviços essenciais podem atender, com restrições. Na laranja, é permitida a aber­tura do comércio, shoppings, concessionárias, imobiliárias e escritórios, também com re­gras rígidas.

Na fase amarela, além desses setores, também pode reabrir o setor de estética, como salões de cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicu­re, pedicure, depilador e ma­quiador, além de bares e res­taurantes com atendimento presencial restrito. Na verde entram as academias.

Por fim, a azul, além de permitir o funcionamento de todos esses estabelecimentos, também autoriza a reabertura de teatros, cinemas, casas no­turnas, de shows e outros espe­táculos, espaços públicos como parques e praças e eventos com aglomeração de pessoas.

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