Tribuna Ribeirão
Economia

Estado já é o maior produtor de flores

O Estado de São Paulo é o principal produtor e exportador de flores no Brasil, sendo que, em 2018, exportou US$ 8,41 mi­lhões, representando 62,3% do valor total do produto exporta­do pelo País (US$ 13,5 milhões). A floricultura paulista rendeu R$ 5,67 bilhões naquele ano, representando 70% do valor fa­turado no País com a atividade.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibra­flor), em 2018 a área paulista de produção de flores era de 9.360 hectares, equivalente a 60% da área nacional. Quatro mil pro­dutores trabalham no cultivo das flores, cadeia produtiva que gera 125 mil empregos por ano. Atibaia e Holambra são os prin­cipais municípios produtores paulistas com a área de produ­ção, de respectivamente, 891,5 e 397,1 hectares de flores de corte, flores ornamentais, floricultura de vaso, crisântemo e rosa.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo tem por objetivo fomentar a cultura das flores. Para isso, de­senvolve pesquisas por meio dos institutos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta). O Instituto Biológico (IB) criou tecnologias para con­trole biológico do ácaro-rajado em plantas ornamentais, como rosas, orquídeas e gérberas.

Os trabalhos do IB garantem controle efetivo da praga, com o uso mínimo de defensivos agrí­colas, que possibilita a redução de até 70% de acaricidas para o cultivo de gérberas e crisânte­mos e até mesmo a eliminação do uso de agroquímicos em ro­sas e orquídeas. No município de Arujá, foi observado que o uso constante de acaricidas tor­nou os ácaros resistentes, dimi­nuindo drasticamente os efeitos do produto.

Mário Sato, pesquisador do IB, explica que com a “aplicação exclusiva de produtos químicos, os produtores da região obtive­ram níveis de controle abaixo de 20% para diversos acaricidas. Com a adoção da estratégia de manejo, incluindo o controle biológico, proposta pelo IB, é possível chegar ao controle efe­tivo da praga, acima de 80% de eficácia, com o uso mínimo de defensivo”.

O sucesso da tecnologia fez com que os produtores ligados à Associação dos Floricultores da Região da Via Dutra (Aflord) construíssem com assessoria do Biológico uma biofábrica, em 2016. Atualmente a biofábrica produz 180 mil ácaros-predado­res por semana para o controle do ácaro-rajado. A produção pode atender, inicialmente, em torno de 100 produtores de flo­res.

O Instituto Agronômico (IAC) lançou cultivares de plan­tas ornamentais, sendo uma de gengibre ornamental e quatro de bastão-do-imperador. A cultivar de gengibre IAC Suanno tem características para atender aos mercados de flor-de-corte e de planta de jardim, durabilidade média pós-colheita de 20 dias e foi criada em Ubatuba, litoral Norte de São Paulo.

As outras quatro cultivares são Prumirim, Itamambuca, Camburi e Cacheffo para uso como flor-de-corte e apresen­tam durabilidade média pós­-colheita de oito a 12 dias. O diferencial delas, com relação às cultivares do mercado, está no tamanho reduzido das inflores­cências, o que possibilita maior eficiência no transporte e na co­mercialização.

Já a Apta Regional de Pari­quera-Açu, em parceria com IAC, desenvolveu o programa de melhoramento genético de antúrio que possui oito cultiva­res registradas com maior re­sistência às principais doenças da cultura e inflorescência com melhor conformação e cor da espata. As variedades IAC Luau e IAC Eidibel possuem plantio comercial no País inteiro. Atu­almente, a Apta Regional traba­lha na avaliação da produção e pós-colheita de duas novas cul­tivares para o mercado de flor de corte nacional.

Postagens relacionadas

Savegnago está entre os 15 maiores do Brasil 

Redação 2

Golpes crescem 7,5% em 2017

Redação 1

Faturamento da indústria cresce pelo quarto mês consecutivo

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com