Tribuna Ribeirão
Geral

Estado já cobra água de todos

Fabiano Ribeiro
Especial para o Tribuna

A água utilizada na região da Bacia do Pardo, seja sub­terrânea – por meio de poços artesianos, como faz o Depar­tamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) – ou superficial, captada diretamen­te do rio, está sendo cobrada pelo Estado, por meio do De­partamento de Água e Energia Elétrica (DAEE). A cobrança começou em agosto passado e atinge prefeituras, autarquias, indústrias, condomínios, pro­priedades rurais e quem tem poço artesiano.

“Não estamos cobrando ain­da a parte de irrigação da agri­cultura, mas usinas de cana-de­-açúcar, Daerp, indústrias, todos os serviços de água e esgoto já estão pagando sobre a água bru­ta. Não é uma água tratada, mas a água quando captada no rio ou subterrânea (poços artesianos)”, explica o diretor regional do DAEE em Ribeirão Preto, Car­los Nascimento Alencastre.

Segundo Alencastre o valor cobrado é de R$ 0,015 por me­tro cúbico (mil litros). A esti­mativa de arrecadação em todo o Estado, contando as quatro bacias, é algo em torno de R$ 18 milhões. A cobrança é embasa­da em legislação e vinha sendo discutida há anos (veja nessa página). “Todas as prefeituras da Bacia do Pardo têm que pagar, assim como o Daerp. Todos os postos outorgados têm que pa­gar”, ressalta Alencastre.

Ribeirão Preto – Existem cerca de 530 poços artesianos ca­dastrados no DAEE de Ribeirão Preto. Destes, 140 são do Depar­tamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp). Há na autarquia ribeirão-pretana ou­tros 70 poços inativos que estão tamponados, mas que devem ser lacrados com concreto.

Alencastre explica que os po­ços artesianos podem ser perfu­rados em qualquer lugar. “Menos em Ribeirão Preto na área de ex­pansão urbana. Isso está bem res­tritivo. Nós temos uma delibera­ção que restringe essa perfuração de novos poços”, enfatiza.

No dia 8 de dezembro, o Comitê da Bacia do Pardo se reúne e deve ser aprova­da uma revisão das diretri­zes atuais com alguns ajustes. Um desses ajustes se refere a condomínios de bairros de Ribeirão Preto distantes que estão sendo abastecidos por caminhões-pipa, por falta de rede do Daerp. Alencastre diz que poderá haver novas libe­rações, mas por enquanto não poderão ser perfurados.

O diretor regional do DAEE informa ainda que to­das as outorgas (novas libe­rações) terão hidrômetro, ou seja, a vazão declarada será a vazão medida. Por enquanto, sem medidores, a cobrança é feita em cima da outorga, ba­seado no volume pedido.

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