O governo de São Paulo lançou nesta segunda-feira, 3 de julho, o Mutirão de Cirurgias Cardíacas. A iniciativa foi apresentada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), no Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese, na capital, e amplia a oferta de atendimento ambulatorial e hospitalar para beneficiar três mil pacientes prioritários que estão à espera de cirurgias cardiovasculares na rede estadual.
“Hoje é uma vitória a gente estar começando este mutirão cardiológico e estou muito feliz por estar aqui no Instituto Dante Pazzanese iniciando um trabalho que vai salvar vidas e fazer a diferença para tanta gente”, disse o governador. “Vamos começar a atacar essas cirurgias cardíacas e problemas congênitos aumentando a capacidade da rede pública e contratar mais cirurgias na rede privada”, acrescentou.
O lançamento do Mutirão de Cirurgias Cardíacas também foi acompanhado pelo secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, além do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), deputados federais e estaduais, vereadores, gestores de saúde e representantes da classe médica.
“Desde o primeiro momento, o governador Tarcísio colocou como meta aumentar o acesso das pessoas ao sistema público de saúde e resolver um problema grave que são as enormes filas”, afirmou o secretário Eleuses Paiva. “Nós vamos tornar a área da saúde muito mais eficiente e otimizar recursos em um projeto de regionalização que já iniciamos”, reforçou.
A iniciativa integra o Plano de Redução de Filas de Cirurgias Eletivas de São Paulo e está recebendo investimento de R$ 150 milhões para viabilizar os atendimentos. O objetivo é reduzir a espera por cirurgias eletivas em quatro grupos priorizados de procedimentos, de acordo com levantamento feito pela equipe do Dante Pazzanese e prestadores de serviços habilitados em alta complexidade em cirurgia cardiovascular.
O mutirão atenderá pacientes elegíveis para cirurgia de substituição de válvula cardíaca, os com condições congênitas pediátricas, os congênitos adultos e os que necessitam de procedimento para a revascularização do miocárdio. A primeira fase do projeto será junto aos 17 Departamentos Regionais de Saúde, que irão selecionar as unidades de saúde do Estado aptas a oferecer os atendimentos, de acordo com o número de pacientes que serão atendidos pelo programa em cada região.
O governo de São Paulo também vai investir na ampliação de 50 leitos de enfermaria no Dante Pazzanese e reabertura de leitos de UTI e enfermaria fechados no Instituto do Coração (Incor). Tarcísio de Freitas também autorizou a reforma e instalação de um aparelho de hemodinâmica que aumentará a capacidade da unidade para mais 1,2 mil procedimentos de cateterismo e angioplastia.
Mutirão de oncologia
No primeiro semestre da atual gestão paulista, a Secretaria de Estado da Saúde promoveu com sucesso o mutirão de oncologia que atendeu mais de 31 mil pacientes dentro do prazo legal de 60 dias, contados a partir da data do diagnóstico. Em menos de 90 dias, todos os 1.536 pacientes que aguardavam avanço no tratamento há até oito meses também foram beneficiados.
Mais investimentos
De janeiro a abril, o governo de São Paulo também fez aportes de R$ 96,7 milhões para a realização de mutirões de 54 tipos de cirurgias de alta e média complexidade. Há ainda a previsão de novas ações em pequenas cirurgias e especialidades como oftalmologia e ortopedia.
Com a aprovação do plano estadual para adesão ao Programa Nacional de Redução de Filas, São Paulo receberá repasses de R$ 131,2 milhões para a realização de cirurgias. Deste total, R$ 94,4 milhões ficarão para a gestão estadual, e o restante será distribuído aos municípios.
Um terço do valor destinado ao Estado, o equivalente a mais de R$ 31 milhões, foi repassado pelo Ministério da Saúde no último dia 21 de junho. O restante do investimento será repassado de acordo com o avanço dos serviços registrados pela Secretaria de Estado da Saúde.