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Estado de SP confirma mais três casos de Febre do Oropouche

Agora, são cinco os contaminados por febre oropouche no Vale do Ribeira, quatro em Cajati e um em Pariquera-Açu 

Transmitido aos seres humanos principalmente pela picada do maruim ou mosquito-pólvora, vírus OROV foi detectado no Brasil na década de 1960 (Reprodução)

Nesta sexta-feira, 2 de agosto, Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou mais três casos autóctones de febre oropouche no Vale do Ribeira. Dois infectados são moradores de Cajati e o outro de Pariquera-Açu. Agora, são cinco os contaminados pela doença na região, quatro em Cajati e um em Pariquera-Açu. Dois pacientes já estão curados.  
 
O Brasil concentra 90,2% dos casos de febre oropouche nas Américas, segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde. De acordo com a Opas, braço pan-americano da OMS, a região registrou 8.078 casos da doença do início de janeiro até meados de julho, sendo 7.287 apenas no Brasil. Na sequência, aparecem Bolívia (356), Peru (290), Colômbia (74) e Cuba (74). 
 
Frente ao cenário, a entidade pede aos países que notifiquem qualquer evento incomum relacionado à infecção, incluindo possíveis casos de transmissão vertical (de mãe para filho, na gestação) e mortes o Brasil registrou dois óbitos pela doença, os primeiros no mundo. 
 
O documento ainda oferece orientações sobre o manejo dos casos, diagnóstico e controle de vetores. “A OMS encoraja os Estados Membros a fortalecer a vigilância e implementar diagnósticos laboratoriais para a identificação e caracterização dos casos”, diz o comunicado. 
 
Casos em 21 Estados   Com as novas confirmações em São Paulo e Sergipe, são agora 21 Estados com casos autóctones, segundo o Ministério da Saúde. A lista traz Amazonas (3.224), Rondônia (1.709), Bahia (831), Espírito Santo (420) e Acre (265). 
 
Os demais são Roraima (239), Santa Catarina (165), Pernambuco (92), Minas Gerais (83), Pará (74), Rio de Janeiro (64), Ceará (39), Piauí (28), Maranhão (19), Mato Grosso (17), Amapá (7), São Paulo (5), Paraná (3), Tocantins (2), Sergipe (2) e Paraíba (1). 
 
O ministério também registrou nove casos de transmissão vertical de febre oropouche, quando a infecção é passada de mãe para filho durante a gestação. São cinco casos em Pernambuco, um na Bahia e três no Acre. Cinco casos evoluíram para óbito fetal e nos outros quatro os bebês apresentaram anomalias congênitas, como microcefalia.  
 
Órgãos estaduais de saúde estão analisando se há relação entre essas complicações e a infecção. Nesse cenário, o ministério recomenda reforçar a vigilância durante a gestação e o acompanhamento de bebês cujas mães tiveram suspeita de arboviroses, como dengue, zika, chikungunya e febre do oropouche. 
 
Sintomas – Segundo o ministério, os sintomas da doença são parecidos com os da dengue e da chikungunya, com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor nas articulações. Outros sintomas, como tontura, dor atrás do olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados. 
 
Casos mais graves podem incluir o acometimento do sistema nervoso central e há relatos de manifestações hemorrágicas. “Parte dos pacientes (estudos relatam até 60%) pode apresentar recidiva, com manifestação dos mesmos sintomas ou apenas febre, cefaleia e mialgia, após uma a duas semanas a partir das manifestações iniciais”, acrescenta a pasta. 
 
A febre oropouche é causada por um arbovírus (vírus transmitido por mosquitos) chamado Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). Transmitido aos seres humanos principalmente pela picada do Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, esse vírus foi detectado no Brasil na década de 1960, a partir de amostra de sangue de um bicho-preguiça.  
 
O Ministério da Saúde informou que montou três grupos de pesquisa sobre oropouche. A ideia é aprofundar o conhecimento sobre o transmissor da doença (Culicoides paraensis) e sobre o comportamento do vírus no organismo, além do acompanhamento de estudos científicos em andamento. 
 
O primeiro grupo analisa informações laboratoriais, como linhagem do vírus e suas características genômicas. O segundo acompanha as manifestações da doença nos brasileiros infectados. Já o terceiro se debruça sobre o ciclo da doença nos insetos transmissores. Participam dos estudos a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Evandro Chagas e a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, do Amazonas. 
 

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