O número de óbitos por coronavírus no estado de São Paulo cresceu 12,3%, com o registro de mais 224 mortes entre segunda-feira (27) e esta terça-feira, 28 de abril, um novo recorde – nove por hora. Com isso, o estado agora soma 2.049 mortes por coronavírus desde o início da pandemia. Anteontem eram 1.825 falecimentos
Já o número de casos cresceu 10,8% em 24 horas, passando de 21.696 para 24.041, aporte de 2.345. A taxa de letalidade é 8,5%. Entre o total de vítimas fatais, 728 residiam em cidades do interior, litoral e Grande São Paulo (35,5%), por onde a doença tem crescido. São 141 municípios com pelo menos um óbito, incluindo a capital – ou 21,8% das 645 cidades paulistas.
Quase metade do total de municípios em São Paulo já foi alcançada pela covid-19. Das 645 cidades, 305 tiveram pelo menos um caso da doença (47,3%). Entre os 24.041 confirmados em todo o território, 8.644 dos infectados moram fora da cidade de São Paulo (35,9%).
Internações e leitos em UTI
A covid-19 também provocou a internação de mais de 8.051 pessoas nos hospitais de São Paulo. Atualmente, há 3.124 pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI, 38,8%) e 4.927 em enfermaria (61,2%). Também houve crescimento de um ponto percentual na taxa de ocupação dos leitos de UTI. Está em 61,6% no estado e 81% na Grande São Paulo.
Perfil da mortalidade
Entre as vítimas fatais, estão 1.189 homens (58%) e 860 mulheres (42%). Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 74,7% das mortes. Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (521 do total), seguida por 60- 69 anos (453) e 80-89 (408).
Também faleceram 150 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (260 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (156), 30 a 39 (76), 20 a 29 (17) e 10 a 19 (7), e um com menos de dez anos.
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (60,1% dos óbitos), diabetes mellitus (43,6%), doença renal (12,1%), pneumopatia (11,6%), e doença neurológica (11,3%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática. Esses fatores de risco foram identificados em 1.687 pessoas que faleceram por covid-19 (ou 82,3%) do total.
Máscaras
Os usuários do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) podem ser obrigados a usar máscaras. O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, anunciou que o governo tem um plano para entregar gratuitamente máscaras aos usuários do sistema por sete dias. “Sendo que após esse período, o acesso somente será permitido por pessoas utilizando máscaras”, disse em postagem no Twitter.