Tribuna Ribeirão
Política

ESTAÇÃO CATEDRAL – Sindicância investiga alterações em projetos

O prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) baixou a porta­ria nº 1.251, publicada na edição do Diário Oficial do Município (DOM) desta segunda-feira, 11 de dezembro, determinado a ins­tauração de sindicância para apu­rar as divergências entre o projeto aprovado e o de fato executado na construção das plataformas da Es­tação Catedral, nas ruas Visconde de Inhaúma e Américo Brasilien­se, na Praça das Bandeiras.

Na justificativa que embasa a instauração da sindicância, o prefeito destaca que pelo contra­to administrativo nº 97/2012, o Consórcio PróUrbano assu­miu obrigação de construir a Estação Catedral nos termos dos projetos aprovados, mas que foram apontadas pela Se­cretaria Municipal de Obras Pú­blicas significativas divergências entre o aprovado e o executado.

Ainda de acordo com a justifi­cativa, alterações do projeto apro­vado foram realizadas mediante constatações em simples atas de reuniões, assinadas por pessoas que compunham uma comissão (criada pelo decreto municipal nº 200/2010 e nomeada pela porta­ria nº 689/2015), sem poderes es­pecíficos para qualquer alteração no projeto, e ainda, sem qualquer anuência ou aprovação dos órgãos técnicos competentes.

O texto publicado no DOM informa ainda que, apesar das inúmeras divergências, a obra foi oficialmente recebida pelo então secretário municipal de Obras Públicas, Abranche Fuad Abdo, em 19 de dezembro de 2016, e que hoje é alvo de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministé­rio Público Estadual (MPE) em face a algumas irregularidades do contrato de concessão com a empresa e dentre elas que a Esta­ção Catedral foi construída dife­rentemente do contratado.

Na portaria, Nogueira deter­mina a instauração de comissão sindicante que, depois de con­cluir as análises de documentos, projetos e outros itens, apresen­tará relatório apontando quais eventuais medidas legais cabíveis deverão ser adotadas. Se houver algo irregular, a prefeitura vai cionar o responsável.

O projeto executado foi con­testado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Ar­queológico, Artístico e Turístico (Condephaat) – órgão vinculado à Secretaria de Estado da Cultura –, mas o PróUrbano já explicou que as mudanças foram determi­nadas pela administração Dárcy Vera (PSD). Diz ainda, que as alte­rações elevaram os custos das esta­ções e terminais de bairros. O con­sórcio revela, também, que gastou R$ 23,8 milhões para construir as plataformas, quando o con­trato de concessão previa investi­mento de R$ 23,4 milhões.

Na semana passada, o Con­dephaat aprovou as alterações sugeridas pela prefeitura de Ri­beirão Preto nas duas plataformas de embarque e desembarque da rua Américo Brasiliense e na da rua Visconde de Inhaúma. As estações não foram inauguradas por causa de divergências entre o projeto que havia sido aprovado e as obras realizadas. As alterações autorizadas pelo órgão estadual vão ampliar a altura das platafor­mas, que passará de 3,90 metros para 4,40 metros, além da troca dos vidros fumê dos fundos das plataformas por translúcidos, co­locados em zigue-zague, como prevê o projeto original.

A lâmina de cobertura teve sua colocação com caimento invertido para que a água da chuva escoe pela praça. Neste caso foi autoriza­da a manutenção da forma como está. Também será mantida a viga metálica de travamento à meia al­tura (não existente no projeto) em todo perímetro da edificação. A trava serve para dar mais seguran­ça à edificação, ao evitar que possa ocorrer qualquer acidente em caso de ventos fortes.

Uma falha na execução das obras da Estação Catedral deixou as três plataformas com a cobertu­ra entre 15 e 60 centímetros mais baixas do que o previsto no pro­jeto. De acordo com o Consórcio PróUrbano, responsável pela obra, já foram gastos R$ 3,48 milhões na estação. As alterações foram feitas a pedido do governo Dárcy Vera e, segundo o grupo concessionário, custaram mais do que o previsto.

Mesmo assim, o consórcio se comprometeu a investir mais R$ 400 mil para que as plataformas possam ser utilizadas, o que deve ocorrer entre cinco e seis meses, em meados de 2018. Além do problema da altura da cobertura, em comparação com a propos­ta original, as plataformas não contam com paredes laterais en­vidraçadas e com as catracas de acesso aos ônibus.

O PróUrbano confirmou, por meio de nota, que bancará as alterações: “O Consórcio PróUr­bano, pensando unicamente nos seus clientes, assumirá por mera liberalidade as alterações neces­sárias para resolver a questão. Lembrando que as estações fo­ram construídas de acordo com orientações e determinações da administração municipal que, inclusive, aceitou as obras”.

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