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Estabelecimentos fechados em RP

João Camargo

Após o decreto de medi­das de prevenção ao contágio do novo coronavírus, publi­cado no dia 23 de março, já foram lacrados 25 estabele­cimentos em Ribeirão Preto. O número refere-se até o dia 16 de julho, data do levan­tamento feito pelo Tribuna. Os fechamentos foram feitos durante operações realizadas pela Fiscalização Geral, em conjunto com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e Vigi­lância Sanitária, em estabele­cimentos que não cumpriam as regras estabelecidas em lei.

Em coletiva realizada na última quarta-feira, 15 de julho, por meio de live, o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) informou que, mais recentemente, uma operação realizada entre os dias 8 e 14 de julho vistoriou 379 esta­belecimentos no município. Além disso, foram feitas 68 notificações de paralização, nove autuações de estabeleci­mentos e 215 pessoas foram abordadas sem máscaras.

“O total de atividades fis­calizatórias, desde a publi­cação do primeiro decreto, conta com 7.692 orientações dadas à população e 4.661 estabelecimentos vistoriados sobre os seus funcionamen­tos”, completou Nogueira.

Em live, o prefeito Duarte Nogueira informou número de uma operação da Fiscalização Geral – ALEXANDRE DE AZEVEDO

Em adição a esta ação, a Guarda Civil Metropolitana tem realizado orientações sobre a importância do iso­lamento social, as medidas sanitárias previstas e o cum­primento do decreto muni­cipal. Ao Tribuna, a GCM informou que “as orienta­ções são diárias, porém, aos finais de semana e feriados, há uma demanda maior re­ferente a aglomerações de pessoas para a prática de es­portes coletivos”.

Comércios fechados
Nos últimos dias, além de pequenos comércios, lo­jas com renomadas têm sido alvo dos fechamentos. Pri­meiro, a loja Poderoso Ti­mão, franqueada do Sport Club Corinthians Paulista, foi lacrada. De acordo com a Prefeitura de Ribeirão Preto, o estabelecimento, localizado na rua Florêncio de Abreu, no Centro, estava comercia­lizando ilegalmente testes rá­pidos do coronavírus. A loja não tinha autorização para realizar os exames e nem para receber clientes.

Questionado sobre o caso, o Corinthians informou que, por se tratar de um estabele­cimento comercial franque­ado e licenciado pelo clube, seu proprietário se responsa­biliza civil e penalmente por suas ações.

“O Sport Club Corin­thians Paulista segue a deci­são das autoridades sanitárias e reforça, como sempre reco­mendou a seus franqueados, que acompanhem estrita­mente os protocolos acorda­dos para o atendimento ao público”, completou em nota.

Loja Poderoso Timão é fechada, acusada de comercializar ilegalmente testes rápidos do coronavírus – IVULGAÇÃO/GCM

Outro estabelecimento la­crado pelo Departamento de Fiscalização Geral foi a Ha­van, localizada na avenida Costábile Romano, na Ribei­rânia, zona Leste da cidade.

Segundo a prefeitura, a loja não cumpria o decreto municipal, que autoriza o atendimento presencial de comércios que apresentem 70% de produtos essenciais em suas atividades.

Pelo fato de não atender a esta determinação, o estabe­lecimento poderia funcionar, somente, nos sistemas de de­livery e drive thru. A loja da Havan já havia sido intimada pela prefeitura para realizar as adequações no atendimen­to, porém, estas não tinham sido realizadas.

O Tribuna entrou em con­tato com a Havan, porém, até a publicação desta matéria, não foi obtido retorno.

Loja da Havan foi lacrada, pois descumpria o decreto municipal, que autoriza o atendimento presencial de comércios que apresentem 70% de produtos essenciais em suas atividades. – ARQUIVO/ALFREDO RISK

Manifestações
Insatisfeitos com o fe­chamento do comércio, ma­nifestantes têm se reunido em frente ao Palácio do Rio Branco, sede da Prefeitura Municipal, para pedir sua reabertura, mesmo com a de­terminação do Governo do Estado que manteve a cidade na zona vermelha do Plano São Paulo – apenas as ativi­dades consideradas essen­ciais podem atender.

Na quarta-feira, 15 de ju­lho, um grupo de aproxima­damente 30 pessoas esteve na prefeitura e chegou a cer­car o carro do prefeito Du­arte Nogueira que, em meio a hostilizações, teve que sair com apoio da Polícia Militar e da GCM.

Na oportunidade, a Ad­ministração Municipal se posicionou por meio de nota, informando que “re­pudia com veemência os atos descabidos, inconse­quentes e inaceitáveis prati­cados por agressores”.

Além disso, ressaltou que os atos foram filmados e “todos aqueles que ultrapas­saram o limite da livre ma­nifestação e incitaram ou praticaram violência serão identificados e devem res­ponder pelos seus atos crimi­nosos, perante a lei”.

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