O volante Rodri, do Manchester City, é o novo melhor jogador do mundo. Ele foi condecorado nesta segunda-feira com a Bola de Ouro, tradicional premiação entregue pela revista France Football em parceria com a Uefa. A escolha pelo meio-campista do time inglês treinado por Pep Guardiola impediu o Brasil de voltar a ter o melhor jogador do mundo depois de 17 anos. Kaká foi o último a ganhar, em 2007, quando jogava pelo Milan.
Vinicius Junior ficou em segundo lugar e, indignado com a votação, nem foi à cerimônia no Théâtre du Châtelet, em Paris, assim como o restante da delegação do Real Madrid, como o técnico Carlo Ancelotti, eleito o melhor técnico. O inglês Jude Bellingham, companheiro do brasileiro, também faltou ao evento e foi escolhido o terceiro melhor jogador. Em recuperação de uma grave lesão, Rodri subiu ao palco de muletas para receber o prêmio, entregue pelas mãos de George Weah, primeiro africano a ganhar o prêmio e ex-presidente da Libéria.
Vini era considerado favorito por diferentes veículos de imprensa como resultado de seu desempenho nas últimas edições do Campeonato Espanhol e, principalmente, da Liga dos Campeões, com gols decisivos, incluindo o que decretou a vitória por 2 a 0 sobre o Borussia Dortmund, na decisão que deu ao Real sua 15ª taça do torneio mais importante de clubes da Europa. A Bola de Ouro considerou as partidas disputadas entre 1º de agosto de 2023 e 31 de julho deste ano.
Pela manhã, vazou a informação de que o Real Madrid havia sido avisado de que o brasileiro não seria o vencedor, o que se confirmou no evento. A maioria dos 100 jornalistas de 100 países diferentes escolhidos pela France Football para compor o júri, preteriu Vini e deu ao volante Rodri, entre 30 finalistas na lista elaborada por uma “comissão de notáveis” da revista, sua primeira Bola de Ouro.
O que pode ter pesado, na avaliação dos jornalistas, é o desempenho ruim de Vini Jr. pela seleção brasileira, pela qual sofre críticas e nunca repetiu as atuações de brilho protagonizadas nos Merengues. Já Rodri, além de perder apenas um jogo pelo City na última temporada, conquistou o Campeonato Inglês e a Eurocopa com a seleção espanhola.
O volante não teve números ofensivos espetaculares, até pela faixa de campo que ocupa. Foram 12 gols e 14 assistências em 63 partidas. Em comparação, Vini marcou 26 gols e deu 11 assistências em 49 jogos. No entanto, o meio-campista clássico, de passe refinado e finalização precisa, é engrenagem fundamental para funcionar o multicampeão Manchester City de Guardiola.