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Espaço: o novo planeta da Nasa

NASA/DIVULGAÇÃO

Um novo planeta, fora do Sistema Solar, foi identifica­do por cientistas com base em dados usados da missão Transiting Exoplanet Survey Satellite (Tess) da Agência Ae­roespacial dos Estados Unidos (Nasa), com capacidade para detectar novos planetas. Este é o segundo mundo com tama­nho semelhante ao da Terra do sistema planetário, segundo a agência americana.

Identificado como TOI 700 e, o planeta orbita dentro da chamada zona habitável otimista – a faixa de distân­cias onde a água líquida pode ocorrer na superfície de um planeta. Está a cerca de 100 anos-luz da Terra e tem 95% de seu tamanho, sendo prova­velmente rochoso.

“Os cientistas definem a zona habitável otimista como o inter­valo de distâncias onde a água líquida da superfície pode estar presente em algum momento da história de um planeta”, segundo informações da Nasa. Anterior­mente ao TOI 700 e, os astrôno­mos descobriram três planetas neste sistema TOI 700, chama­dos TOI 700 b, c e d.

O planeta d também orbita na zona habitável. O TOI 700 e leva 28 dias para orbitar sua estrela, colocando o planeta e entre os planetas c e d na cha­mada zona habitável otimista. Em 2020, a equipe anunciou a descoberta do planeta d, do tamanho da Terra e zona habitável, que está em uma órbita de 37 dias, junto com outros dois mundos.

“É um dos poucos sistemas com vários planetas pequenos e de zona habitável que conhe­cemos”, diz Emily Gilbert, pós­-doutoranda do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa no sul da Califórnia, que liderou o trabalho. “Isso torna o sistema TOI 700 uma perspectiva inte­ressante para acompanhamen­to adicional”.

“O planeta ‘e’ é cerca de 10% menor que o planeta ‘d’, então o sistema também mostra como as observações adicionais do Tess nos ajudam a encontrar mundos cada vez menores”, afir­ma. O resultado da descoberta de sua equipe foi apresentado na terça-feira, 10, na 241ª reunião da American Astronomical So­ciety (Sociedade Astronômica Americana), em Seattle (EUA).

Um artigo sobre o planeta recém-descoberto será publi­cado no jornal The Astrophy­sical Journal Letters. De acordo com a Nasa, o TOI 700 é uma pequena e fria estrela anã ver­melha localizada a cerca de 100 anos-luz de distância na conste­lação Dorado. “O planeta mais interno, TOI 700 b, tem cerca de 90% do tamanho da Terra e orbita a estrela a cada 10 dias. O TOI 700 c é 2,5 vezes maior que a Terra e completa uma órbita a cada 16 dias”, acrescenta a Nasa.

Monitoramento
O Tess monitora grandes áreas do céu, chamadas se­tores, por aproximadamente 27 dias por vez. “Esses longos olhares permitem que o satélite rastreie as mudanças no brilho estelar causadas por um plane­ta passando na frente de sua estrela de nossa perspectiva, um evento chamado de trânsi­to”, de acordo com a Nasa.

A missão usou essa estra­tégia para observar o céu do sul a partir de 2018, antes de se voltar para o céu do nor­te. Em 2020, voltou ao céu do sul para observações adi­cionais. “Se a estrela estivesse um pouco mais próxima ou o planeta um pouco maior, poderíamos ter conseguido identificar o TOI 700 e no pri­meiro ano de dados do Tess”, diz Ben Hord, pesquisador graduado no Goddard Spa­ce Flight Center da Nasa em Greenbelt, Maryland (EUA).

“No entanto, o sinal era tão fraco que precisávamos de um ano adicional de observações de trânsito para identificá-lo”, afirma. O Tess acaba de com­pletar seu segundo ano de observações do céu do norte. “Estamos ansiosos pelas outras descobertas emocionantes es­condidas no tesouro de dados da missão”, diz Allison Youn­gblood, astrofísica pesquisa­dora e vice-cientista do projeto Tess em Goddard.

Telescópio confirma exoplaneta LHS 475
Pesquisadores também confir­maram a existência de um exo­planeta utilizando, pela primeira vez, o telescópio espacial James Webb, da agência espacial americana (Nasa). Classificado como LHS 475 b, o planeta tem quase exatamente o tamanho da Terra, com 99% do seu diâmetro. Ele está relativamente próximo, orbitando uma estrela a apenas 41 anos-luz de distância do nosso planeta, na constelação de Octans.

De uma forma geral, os exopla­netas são planetas existentes fora do Sistema Solar, em órbita de outras estrelas. As desco­bertas dos cientistas foram apresentadas em uma coletiva de imprensa da American Astro­nomical Society na quarta-feira (11). A equipe de pesquisa é liderada por Kevin Stevenson e Jacob Lustig-Yaeger, ambos do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins em Laurel, Maryland.

Eles começaram a estudar o exoplaneta após revisar dados do Transiting Exoplanet Survey Satellite (Tess), da Nasa, que in­dicavam sua existência. Apesar de a equipe não poder concluir o que está presente, ela pode dizer o que já está descartado. “Exis­tem algumas atmosferas do tipo terrestre que podemos descar­tar. Não pode ter uma atmosfera espessa dominada por metano, semelhante à da lua de Saturno e Titã”, afirma Lustig-Yaeger.

Pesquisadores também confirmaram a existência de um exoplane­ta utilizando, pela primeira vez, o telescópio espacial James Webb, da Nasa – NASA/DIVULGAÇÃO

No entanto, os pesquisadores observam que, embora seja possível que o planeta não tenha atmosfera, existem algumas composições atmosféricas que não foram descartadas, como uma de dióxido de carbono puro. Os pesquisadores devem realizar novos estudos ainda neste ano sobre o LHS 475 b. O telescópio James Webb também revelou que o planeta é algumas centenas de graus mais quente que a Terra.

“Portanto, se forem detecta­das nuvens, isso pode levar os pesquisadores a concluir que o planeta é mais parecido com Vênus, que tem uma atmosfera de dióxido de carbono e está perpetuamente envolto por nuvens espessas. Estamos na vanguarda do estudo de exo­planetas pequenos e rochosos. Nós mal começamos a arranhar a superfície de como suas atmosferas podem ser”, disse Lustig-Yaeger.

Os pesquisadores também confirmaram que o planeta completa uma órbita em apenas dois dias, informação que foi revelada quase instantanea­mente pela curva de luz precisa do telescópio James Webb. Embora o LHS 475 b esteja mais próximo de sua estrela do que qualquer planeta em nosso Sistema Solar, sua estrela anã vermelha tem menos da metade da temperatura do Sol, então os pesquisadores projetam que ainda pode ter uma atmosfera”, reforça a Nasa.

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