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ESCORPIÃO – Ataques passam de 300 este ano

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Segundo o balanço mais recente divulgado pela Divisão de Vigilância Epidemiológica do Departamento de Vigilân­cia em Saúde (Devisa) – liga­dos à Secretaria Municipal da Saúde –, Ribeirão Preto fechou o ano passado com 1.808 ocor­rências envolvendo ataques de escorpião, média de quase cin­co por dia, um a cada quatro minutos e 48 segundos.

São 169 a mais e alta de 10,31% em relação aos 1.639 de 2021. Já são 305 casos no primeiro bimestre deste ano – 159 em janeiro e 146 em fe­vereiro, 13 a menos e queda de 9,2%. Na comparação com os dois primeiros meses de 2022, quando foram notificadas 238 ocorrências, a alta é de 28,2% em 2023. São 67 a mais.

Ataque em escola
Na manhã desta terça-feira, 4 de abril, um adolescente de 13 anos foi picado por escor­pião dentro da Escola Muni­cipal Sebastião de Aguiar Aze­vedo II, no Jardim Presidente Dutra, Zona Norte da cidade. O aluno foi levado a um pron­to-socorro acompanhado pe­los responsáveis.

A Secretaria Municipal de Educação informa, em nota, que o aluno foi socorrido imediatamente ao pronto-so­corro, onde está recebendo atendimento, acompanhado dos responsáveis. Esclarece que a dedetização da unidade está em dia.

Ressalta que, na última sexta-feira, dia 31 de março, recebeu uma equipe do Depar­tamento de Vigilância em Saú­de, da Secretaria Municipal da Saúde, para a vistoria de rotina e nada foi constatado. “Infor­mamos também que a gestão da escola está em contato di­reto com a família, prestando toda a assistência”, encerra.

No ano passado, outubro (187) e dezembro (177) foram os meses com maior número de picadas, seguidos por mar­ço (172). O mês mais tranquilo de 2022 foi janeiro, com 105. Desde 1º de janeiro de 2020 e até o dia 4 deste mês foram re­gistrados 5.420 casos.

Desde 2012, o maior volu­me de ataques foi registrado em novembro de 2019, quan­do 203 moradores de Ribei­rão Preto tiveram de procurar atendimento por causa do aracnídeo. Junho, julho e de­zembro de 2014 e fevereiro e abril de 2018 são os períodos mensais com menos ocorrên­cias: seis em cada.

O ano com menor núme­ro de ataques foi 2014, com 128, seguido por 2013, com 144. O mais perigoso até ago­ra é 2022. Depois vem 2020, o primeiro ano da pandemia de coronavírus, com 1.668, quando muita gente ficou em casa por causa do lockdown. Em 2019 foram 1.534.

Desde 2012
Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de No­tificação (Sinan) e da Devisa. Desde 2012, Ribeirão Preto já registrou 8.857 ocorrências en­volvendo escorpiões, duas por dia. Porém, até 2019, quando foram constatados 1.534 casos, não havia ultrapassado a bar­reira dos três dígitos.

Mortes
Em pouco mais de onze anos, foram constatados, em Ribeirão Preto, quatro óbitos em decorrência de picadas de escorpião: um em 2018, outro em 2020 e mais dois em 2021, segundo os dados da Divisão de Vigilância Epidemiológi­ca da Secretaria Municipal da Saúde. As vítimas eram crian­ças com idade entre 3 e 8 anos.

Mais comum
A espécie de escorpião mais comum nas cidades é a “Tityus serrulatus”, conhecido como “escorpião amarelo”. Tra­ta-se de um tipo urbano, fre­quentador de esgotos ou redes pluviais, e considerado o mais perigoso da América Latina. Para não correr risco de morte, a pessoa tem de ser atendida em, no máximo, quatro horas.

É preciso tomar soro con­tra o veneno e analgésico para aliviar a dor. A Divisão de Vi­gilância Epidemiológica do Departamento de Vigilância em Saúde informa que em todo caso de acidente com animal peçonhento a vítima deve pro­curar a unidade de saúde mais próxima para avaliação médica.

Caso seja necessário, o pos­to ou hospital deverá encami­nhar o paciente para avaliação da toxicologia e necessidade de aplicação do soro antiescorpi­ônico, de acordo com a gra­vidade. O período do verão, de dezembro a março, exige maior cuidado em relação aos acidentes com escorpiões.

O clima úmido e quente é ideal para o aparecimento destes animais, que se abrigam em esgotos e entulhos. Eles habitam o meio urbano e se alimentam principalmente de baratas, portanto, são comuns também em locais próximos a áreas com acúmulo de lixo. Se escondem em calçados e so­bem em camas.

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