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ESCORPIÃO – Ataques passam de 1.800 em RP

Segundo o balanço mais recente divulgado pela Divisão de Vigilância Epidemiológica do Departamento de Vigilân­cia em Saúde (Devisa) – liga­dos à Secretaria Municipal da Saúde –, Ribeirão Preto fechou o ano passado com 1.805 ocor­rências envolvendo ataques de escorpião, média de quase cin­co por dia, um a cada quatro minutos e 48 segundos.

São 163 a mais e alta de 9,92% em relação aos 1.642 de 2021. Já são quatro casos em janeiro. A comparação en­tre novembro e dezembro de 2022 indica viés de queda, de 162 para 154, recuo de 4,94% e oito registros a menos. Outu­bro detém o maior número de picadas no ano (189), seguido por julho (187). O mês mais tranquilo de 2022 foi janeiro, com 104.

No ano passado, as prin­cipais vítimas dos escorpiões foram os adultos de 20 a 39 anos, com 566 casos. Depois aparecem pessoas de 40 a 59 anos (453), acima de 60 anos (319), de 10 a 19 anos (256), crianças de 5 a 9 anos (116), de 1 a 4 anos (75) e bebês com até doze meses de vida (20).

Desde 1º de janeiro de 2020 e até o dia 4 deste mês foram registrados 5.166 casos, sendo que 5.120 envolvem pessoas destas faixas etárias – de 20 a 39 anos (1.710), de 40 a 59 anos (1.284), acima de 60 anos (841), de 10 a 19 anos (723), crianças de 5 a 9 anos (290), de 1 a 4 anos (220) e bebês com até doze meses de vida (52). Não há informação sobre as demais 46 ocorrências.

Desde janeiro de 2011, o maior volume de ataques foi registrado em novembro de 2019, quando 203 moradores de Ribeirão Preto tiveram de procurar atendimento por causa do aracnídeo. Abril de 2011 foi o período mensal com menos ocorrências: apenas duas.

O ano com menor núme­ro de ataques foi 2014, com 128, seguido por 2011, com 138. O mais perigoso até ago­ra é 2022. Depois vem 2020, o primeiro ano da pandemia de coronavírus, com 1.669, quando muita gente ficou em casa por causa do lockdown. Em 2019 foram 1.534.

Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de No­tificação (Sinan) e da Devisa. Desde 2011, Ribeirão Preto já registrou 8.691 ocorrências en­volvendo escorpiões, duas por dia. Porém, até 2019, quando foram constatados 1.534 casos, não havia ultrapassado a bar­reira dos três dígitos.

Os dados de 2011 a 2019 do Sina- são de dezembro. As in­formações são atualizadas com frequência. Nestes doze anos, foram constatados, em Ribeirão Preto, quatro óbitos em decor­rência de picadas de escorpião: um em 2018, outro em 2020 e mais dois em 2021, segundo os dados da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde.

Em 2021, um garoto de quatro anos morreu em 31 de agosto e uma menina de três faleceu em 18 de julho. Ambos moravam na Zona Oeste. Em 2020, uma menina de três anos morreu em 29 de março. Morava no Parque Industrial Tanquinho. Antes, a última morte por ataque de escorpião em Ribeirão Preto havia ocorrido em 1º de maio de 2018, no Jardim Salgado Filho, na Zona Norte, de um menino de oito anos.

A espécie de escorpião mais comum nas cidades é a “Tityus serrulatus”, conhecida como “escorpião amarelo”. Tra­ta-se de um tipo urbano, fre­quentador de esgotos ou redes pluviais, e considerado o mais perigoso da América Latina. Para não correr risco de morte, a pessoa tem de ser atendida em, no máximo, quatro horas.

É preciso tomar soro con­tra o veneno e analgésico para aliviar a dor. Ribeirão Preto já registrou duas mortes este ano devido a ataques de escorpião. A Divisão de Vigilância Epide­miológica do Departamento de Vigilância em Saúde infor­ma que em todo caso de aci­dente com animal peçonhento a vítima deve procurar a uni­dade de saúde mais próxima para avaliação médica.

Caso seja necessário, o pos­to ou hospital deverá encami­nhar o paciente para avaliação da toxicologia e necessidade de aplicação do soro antiescorpi­ônico, de acordo com a gra­vidade. O período do verão, de dezembro a março, exige maior cuidado em relação aos acidentes com escorpiões.

O clima úmido e quente é ideal para o aparecimento destes animais, que se abri­gam em esgotos e entulhos. Eles habitam o meio urbano e se alimentam principalmente de baratas, portanto, são co­muns também em locais pró­ximos a áreas com acúmulo de lixo. Se escondem em cal­çados e sobem em camas.

O balanço dos ataques em RP
Ataques em 2011 138
Ataques em 2012 158
Ataques em 2013 144
Ataques em 2014 128
Ataques em 2015 267
Ataques em 2016 241
Ataques em 2017 150
Ataques em 2018 815
Ataques em 2019 1.534
Ataques em 2020 1.669
Ataques em 2021 1.642
Ataques em 2022 1.805
Total de ataques 8.691
* Até 30 de setembro
Fonte: Sinan Net e Divisão de Vigilância Epidemiológica

Dicas de prevenção
– Usar telas em ralos de chão, pias e tanques
– Vedar frestas nas paredes e colocar soleiras nas portas
– Afastar as camas e berços das paredes
– Vistoriar as roupas e calçados antes de usá-los
– Manter jardins e quintais limpos
– Evitar acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e entulho
– Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadei­ras, arbustos) junto a paredes e muros das casas
– Manter a grama sempre aparada
– Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos
– Evitar o acúmulo de detritos e entulho
– Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los
– Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres
– Usar calçados e luvas de raspas de couro

Como proceder em caso de picada de escorpião
– Limpar o local com água e sabão
– Aplicar compressa morna
– Procurar o serviço de saúde mais próximo
– Não fazer torniquete ou garrote
– Não furar, não cortar, não queimar, não espremer o local da picada
– Não fazer sucção no local da ferida
– Não aplicar qualquer pó ou substância
– Não fazer curativos que fechem o local
– Não ingerir bebida alcoólica, álcool, querosene, gasolina ou fumo contra a dor
– Não colocar gelo ou água fria
Ribeirão Preto fechou o ano passado com 1.805 ocorrências envolvendo ataques de escorpião, alta de 9,92% em relação aos 1.642 de 2021

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