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Escolas podem precisar de vistoria

A vereadora Gláucia Be­renice (PSDB) foi uma das parlamentares que apresentou emendas ao novo Código de Obras proposto pelo Executi­vo e aprovado pela Câmara de Vereadores, na sessão do dia 20 de dezembro. Ela teve apro­vada uma emenda que exige que as secretarias municipais providenciem o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bom­beiros) das obras sob sua res­ponsabilidade. Levantamento divulgado pelo Ministério que apenas 11 das 109 escolas muni­cipais tinham AVCB. Atualmen­te a Escola municipal Domingos Angerami, no complexo Ribei­rão Verde está interditada por problemas de segurança. Falhas na manutenção das unidades es­colares do município e um aci­dente fatal com um aluno no Centro Municipal de Educa­ção Infantil (Cemei) Professor Eduardo Romualdo de Souza, provocaram também provoca­ram a abertura de uma Comis­são Parlamentar de Inquérito (CPI), da qual a vereadora é relatora.

A redação original do Có­digo de Obras previa apenas a ocupação do prédio público mediante a emissão do Habi­te-se. A emenda destacou o AVCB entre as responsabili­dades da secretaria que solicita ou ocupa o equipamento nas atualizações e revalidação dos documentos pertinentes. “É preocupante a notícia de que escolas estão sem AVCB e ou­tros prédios públicos podem também estar”, observou a ve­readora que vem solicitando dados oficiais sobre o assunto desde abril. Outras emendas de sua autoria visam garantir os direitos do cidadão como o de recorrer de multas por infrações ao código indepen­dentemente do recolhimento dos valores em conformidade com normas do Direito Admi­nistrativo e jurisprudência.

Segundo o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara de Vereadores (CCJ), Maurí­cio da Vila Abranches (PTB), o aperfeiçoamento do Códi­go abrangeu todos os fatores imprescindíveis para o mu­nicípio.. O parlamentar ex­plica que para elaboração do novo texto, a Prefeitura reali­zou audiências públicas com representantes de entidades de classe, conselhos munici­pais, engenheiros, arquitetos e munícipes. Ele ressalta ainda que o texto recebeu inúmeras emendas de vereadores e de­fende que a cidade será benefi­ciada. “O Código de Obras irá propiciar a desburocratização dos trâmites para novas cons­truções. Ribeirão Preto não pode mais ficar parada diante da necessidade de atrair em­presários e empreendimentos que garantam mais emprego e renda”, acredita o Legislador.

CPI investiga escolas municipais
A proposta de investigar a situação das unidades educacionais surgiu após a morte do estudante Lucas da Costa Souza, de 13 anos, na sexta-feira, 30 de novembro. O garoto morreu dentro do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Professor Eduardo Romualdo de Souza, na Vila Virgínia, na Zona Oeste de Ribeirão Preto, quando o celebrava o último dia de aula. A suspeita é que ele tenha levado uma descarga elétrica ao subir em uma grade para tentar pegar uma bola. O Ministério Público Estadual (MPE), a Polícia Civil também investi­gam o caso.

A Promotoria da Educação também realizará uma força tarefa para vistoriar todas as 109 escolas municipais e verificar as condições estruturais, como parte elétrica, hidráulica, instalação dos botijões de gás e se elas possuem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). A vistoria será realizada por engenheiros do Conselho Regio­nal de Engenharia e Agronomia de Ribeirão Preto (Crea) que preen­cherão um questionário sobre a situação de cada unidade escolar. A previsão é que o trabalho de campo e a tabulação do questionário estejam concluídos até o final de fevereiro.

Para o Promotor da Educação, Naul Felca a vistoria é fundamental para verificar as condições das unidades escolares e resolver os problemas encontrados, garantindo assim, segurança para os quase 46 mil estudantes de Rede Municipal. “Nosso objetivo é resolver mais rapidamente possível estes problemas. E para uniformizar esta vistoria elaboramos o questionário padrão que será utilizado”, afirma Felca. A vistoria foi decidida após reunião na sexta-feira, entre o Ministério Público Estadual, representantes da Prefeitura, Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia.

Em nota enviada ao Tribuna, a Secretaria Municipal de Educação informa que faz a manutenção regular em todas as escolas. “A pasta esclarece que está colaborando com a investigação e que aguarda a conclusão do laudo do IML. No dia do ocorrido, a secretaria esclarece que acionou o Samu, imediatamente após o aluno da Cemei Eduardo Romualdo de Souza sofrer uma queda ao subir em um portão de dois metros de altura. Ao chegar na escola, cinco minutos após o chamado, a equipe do Samu encontrou a vítima em parada cardíaca. Foi realizado, por quase uma hora, o procedimento de ressuscitação, porém não houve reversão”, completa o texto.

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