Pode ser de 6% a 8%, é uma possibilidade. Mas, de fato, em geral as escolas particulares ainda não têm uma definição quanto ao reajuste das mensalidades escolares para o próximo ano, um assunto que está em estudo levando em conta alguns parâmetros, que não se resume apenas ao índice de inflação.
A questão foi debatida entre mantenedores de escolas, reunidos nesta quarta-feira, 14 de agosto, em Ribeirão Preto, com dirigentes do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp). Se fosse só por causa da inflação, o índice de reajuste seria da ordem de 4%, mas há outros fatores.
Ansiedade
“Estamos ansiosos, para não dizer aflitos”, disse no início da reunião o diretor regional do sindicato em Ribeirão Preto, João Alberto de Andrade Velloso, demonstrando a curiosidade que existia quanto à manifestação do vice-presidente do Sieeesp José Augusto de Mattos Lourenço, que usou da palavra durante mais de duas horas, enfocando vários assuntos de interesse do ensino particular, porém sem sugerir índice de reajuste.
É uma decisão que cabe a cada escola, ele explicou, reiterando que há outras questões que devem ser consideradas, inclusive a preocupação com a inadimplência. A região de Ribeirão Preto, com 11,75% em julho, está com um dos índices mais altos no Estado. Para este ano, as escolas particulares paulistas reajustaram as mensalidades em índices um pouco acima da inflação oficial.
De acordo com o presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva, o reajuste nas escolas ficou entre 5% e 7%. Já a inflação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 04,05% de dezembro de 2017 a novembro de 2018.
Em estudo
O diretor do Sieeesp falou ainda sobre a reforma tributária em discussão no Congresso Nacional e sobre a exigência que passa a pesar para as escolas em relação ao treinamento para prestação de primeiros socorros aos alunos, conforme decisão dos governos da União e dos Estados. A exigência já deveria ter entrado em vigor, mas até agora não foi regulamentada, portanto só deve ser cumprida nos casos em que municípios tomam iniciativa própria, como é o caso de Campinas.