O governo paulista irá antecipar a entrega de 600 mil doses da Coronavac, vacina desenvolvida no Brasil pelo Instituto Butantan em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, para o Ministério da Saúde. A entrega, antes prevista para 3 de maio, deve acontecer nesta sexta-feira, 30 de abril.
De cada dez brasileiros, oito estão recebendo a vacina do Butantan. O diretor do instituto, Dimas Covas, atribui a antecipação à necessidade de alguns Estados de aplicar a segunda dose da vacina – ressaltando não ser esse o caso de São Paulo, que já havia reservado lotes do imunizante para essa fase.
Dimas Covas também informou que espera, até o final dessa semana, uma posição do laboratório chinês Sinovac sobre a entrega de três mil litros do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) necessário para produção do imunizante contra a covid-19.
“Solicitamos inclusive um aumento de três mil para seis mil litros, e devemos ter essa resposta também brevemente”, informou Dimas Covas, que espera a entrega dos insumos para poder entrar “em um ritmo de produção acelerado” do imunizante.
A previsão inicial era que o Instituto Butantan concluísse o primeiro contrato com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 46 milhões de doses da Coronavac até o fim de abril. Ao todo, restam ser entregues 3,2 milhões de doses
Pfizer
O primeiro lote de vacinas da Pfizer chega nesta quinta-feira (29) ao Brasil. No total, um milhão de doses serão transportadas em voo que chegará ao Aeroporto de Viracopos, com aterrissagem prevista para as 19 horas. As doses serão distribuídas para os 26 estados e o Distrito Federal. Segundo o Ministério da Saúde, a orientação é que sejam priorizadas as capitais devido às condições de armazenamento da vacina, que demanda temperaturas muito baixas.
Conforme o Ministério da Saúde, os entes federados receberão de forma proporcional e igualitária. Os frascos serão entregues em temperaturas entre -25ºC e -15ºC, cuja conservação pode ser feita apenas durante 14 dias. Após entrar na rede de frio, com temperaturas de armazenamento entre 2ºC e 8ºC, o prazo para aplicação é de cinco dias.
Por essa razão, o Ministério informou que enviará duas remessas diferentes. Cada uma delas terá 500 mil doses e será referente, respectivamente, às primeira e segunda doses que cada cidadão deverá receber. O Ministério da Saúde comprou 100 milhões de doses do imunizante. Em março, em reunião com a farmacêutica, a pasta apresentou a previsão de que até junho seriam entregues 13,5 milhões de doses.