Contratado no início da temporada para ser uma das peças fundamentais do elenco do Botafogo, o lateral-esquerdo Pará demorou a engrenar com a camisa do Tricolor. Em apenas nove meses de clube, o jogador já viveu altos e baixos defendendo as cores do Pantera.
Atualmente, vive sua melhor fase no clube. Líder em desarmes, dribles e um dos melhores do elenco em passes e finalizações, o lateral é um dos poucos que tem se salvado das críticas aos atletas do plantel botafoguense.
Aos 24 anos, casado e pai, o jogador esbanja amadurecimento. Segundo ele, o apego a família e as precoces responsabilidades devido a perda do pai, fizeram com que ele amadurecesse rapidamente.
“Acho que é uma questão familiar, eu tenho minha mãe, minha irmã e perdi meu pai muito cedo, então eu vi que precisaria cuidar das duas, precisaria me tornar o homem da casa, e isso me fez amadurecer mais cedo, a ir em busca do meu sonho mais cedo”, afirmou.
A família é o grande porto seguro de Pará. É com eles que o atleta desfruta dos momentos bons e se apoia nos momentos ruins. Como a fase a boa, o jogador reiterou sua alegria em poder alegrar seus familiares.
“Eu fico muito feliz em chegar em casa e poder ver minha família feliz, alegre com o papel que eu venho desempenhando dentro de campo. Até mesmo o meu empresário vem elogiando bastante o que eu estou fazendo. Minha família é tudo para mim, é meu alicerce”, contou.
Campeão da Série B com o América-MG em 2017, Pará afirma que o título com a equipe mineira, até aqui, é o ponto mais alto da sua carreira, devido a importância de conquistar um campeonato que o coloca eternamente na história do clube.
“O título com o América foi uma das coisas mais importantes que aconteceram na minha carreira. Eu vinha de um rebaixamento com o Figueirense, o que é ruim para a carreira de um jogador e lá puder ser feliz novamente. Lá é um lugar que eu fui muito feliz, pude ajudar meus companheiros, marcar gols, dar assistências e escrever meu nome na história do clube”, destacou.
Segundo Pará, o acerto com o Botafogo, de certa forma, foi uma oportunidade de “dar uma chance” para sua carreira, ao defender uma camisa tão pesada e tradicional no futebol paulista.
“Eu tive proposta para renovar com o Guarani, mas quando surgiu a oportunidade de vir para o Botafogo, eu pensei que precisava dar essa chance para minha carreira, vestir uma camisa pesada e tradicional no futebol de São Paulo. No Campeonato Paulista não fomos muito bem, cheguei a chorar depois de um jogo em que eu fui vaiado, mas hoje estou colhendo os frutos do meu trabalho”, relembrou.
Jovem, Pará afirma que ainda não é um jogador realizado no futebol e que espera conquistar coisas importantes, inclusive, o acesso com a camisa do Botafogo.
“Não me considero um jogador realizado, sou jovem e ainda tenho muitas coisas para conquistar. Eu estou muito feliz de poder estar aqui no Botafogo, clube que me abriu as portas. Espero dar muitas alegrias para o torcedor botafoguense, brigando pelo acesso para a Série A”, finalizou.