A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 30 de abril, que a bandeira tarifária será vermelha em maio, com custo adicional de R$ 4,169 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Os brasileiros já estavam pagando taxa extra este ano, mas de R$ 1,343, com a bandeira amarela imposta desde janeiro. Em dezembro foi acionada a vermelha 2, patamar mais alto do sistema, com cobrança de R$ 6,243 a cada 100 kWh.
Segundo a agência, abril marcou o fim do período de transição entre as estações úmida e seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN). O balanço hidrológico do período úmido 2020-2021 resultou no pior aporte hidráulico da história, medido desde 1931. Em maio, inicia-se o período seco, com os principais reservatórios apresentando estoques reduzidos para essa época do ano.
“Essa conjuntura sinaliza patamar desfavorável de produção pelas hidrelétricas e elevada necessidade de acionamento do parque termelétrico, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD)”, diz. Em abril, a conta de luz ficou, em média, 8,95% mais cara para 309.817 consumidores de Ribeirão Preto.
Outros 4,2 milhões de clientes da CPFL Paulista espalhados por outras 233 cidades do estado de São Paulo também estão pagando mais pelo consumo de energia desde do dia 22. Para os consumidores residenciais e pequenos comércios, que também entram na faixa de baixa tensão, o aumento é de 8,64%. Para os clientes da alta tensão – indústrias, shopping centers e outros estabelecimentos de grande porte – o reajuste ficou em 9,60%.
A Aneel abriu consulta pública com a intenção de reajustar os valores do sistema de bandeiras tarifárias. Pela proposta, as taxas cobradas quando a agência acionar bandeira vermelha, nos patamares 1 e 2, irão aumentar. No patamar 1, a taxa adicional pode subir de R$ 4,169, a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para R$ 4,599 – aumento de 10%.
Já no patamar 2, o mais caro do sistema, o reajuste pode chegar a 21%, passando de R$ 6,243 a cada 100 kWh para R$ 7,571. No caso da bandeira amarela – que está em vigor desde janeiro –, a previsão é de uma redução de 26% no valor. A cobrança passaria de R$ 1,343 a cada 100 kWh para R$ 0,996. Na bandeira verde não há cobrança extra.