Tribuna Ribeirão
Economia

Energia será mais barata em outubro

MARCELO CAMARGO/AG.BR.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anun­ciou nesta sexta-feira, 27 de setembro, que as contas de luz terão bandeira amarela em outubro, com taxa extra de R$ 1,50 a cada 100 kWh para o consumidor, depois de dois meses de bandeira vermelha em seu primeiro patamar, com cobrança adicional de R$ 4 a cada 100 kWh.

Em julho, as tarifas também estavam com a bandeira ama­rela, com custo adicional de R$ 1,50 a cada 100 kWh. “Outubro é um mês de transição entre a es­tação seca e o início do período úmido nas principais bacias hi­drográficas do Sistema Interliga­do Nacional (SIN)”, diz a Aneel.

“A previsão hidrológica para o período sinaliza elevação das vazões afluentes aos principais reservatórios, o que também permitirá reduzir a oferta de energia suprida pelo parque ter­melétrico”, explica no comunica­do publicado em seu site.

“Esse cenário também levou à redução dos custos relaciona­dos ao risco hidrológico (GSF), mesmo com a perspectiva do preço da energia (PLD) manter­-se em patamar estável. O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada”, informa.

As bandeiras tarifárias indi­cam o custo da energia gerada para possibilitar o uso conscien­te de energia. Antes do sistema, o custo da energia era repassado às tarifas no reajuste anual de cada empresa, e tinha a inci­dência da taxa básica de juros. A bandeira tarifária que vai vigorar em novembro será divulgada pela Aneel no dia 31 de outubro.

Em junho, as tarifas esta­vam com a bandeira verde, sem custo adicional para o consumidor. Em maio, vigo­rou a amarela, implicando num custo adicional de R$ 1 para cada 100 kWh consumi­do. A decisão interrompeu um ciclo de cinco meses consecu­tivos sem cobrança de taxa ex­tra – em dezembro, janeiro, fe­vereiro, março e abril vigorou a verde e não houve cobrança complementar.

Em 21 de maio, a Aneel aprovou resolução que estabe­lece as faixas de acionamento e os adicionais das bandeiras tari­fárias com vigência em 2019. A proposta alterou o valor das ta­xas extras a partir de 1º de junho, com reajustes entre 20% e 50%.

A bandeira amarela passou para R$ 1,50 (antes era R$ 1) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) – o maior reajuste, de 50% –, já a vermelha no patamar 1 saltou para R$ 4 (antes era R$ 3 a cada 100 kWh, aumento de 33,3%) e no patamar 2, custa R$ 6 (antes era R$ 5) a cada 100 (kWh) – alta de 20%. Na bandeira verde, não há cobrança de taxa extra.

O sistema de bandeiras ta­rifárias leva em consideração o nível dos reservatórios das hi­drelétricas e o preço da energia no mercado à vista. A definição da cor da continua a ser dada pela combinação entre risco hi­drológico e preço de liquidação de diferenças (PLD).

As bandeiras tarifárias, taxas extras que passaram a ser incluídas mensalmente na conta de luz, já custaram um total de R$ 32,24 bilhões aos consumidores de todo o País. O valor, sem incluir correções monetárias, soma tudo o que foi pago de janeiro de 2015, quando as bandeiras tarifárias entraram em vigor, até junho de 2019, além da previsão de desembolso até dezembro.

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