Tribuna Ribeirão
Economia

Energia passa a ter taxa extra de R$ 4

MARCELO CAMARGO/AG.BR.

A partir desta quinta-feira, 1º de agosto, as contas de luz terão bandeira vermelha em seu primeiro patamar, com taxa extra de R$ 4 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh), segundo decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em julho, as tarifas estavam com a bandeira amarela, com custo adicional de R$ 1,50 a cada 100 kWh para o consumidor.

“Agosto é um mês típico da estação seca nas principais ba­cias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN)”, in­forma a Aneel. “A previsão hi­drológica para o mês sinaliza va­zões abaixo da média histórica e tendência de redução dos níveis dos principais reservatórios. Esse cenário requer o aumento da geração termelétrica.”

As bandeiras tarifárias indi­cam o custo da energia gerada para possibilitar o uso conscien­te de energia. Antes do sistema, o custo da energia era repassado às tarifas no reajuste anual de cada empresa, e tinha a inci­dência da taxa básica de juros. A bandeira tarifária que vai vigo­rar em setembro será divulgada pela Aneel no dia 30 de agosto.

Em junho, as tarifas estavam com a bandeira verde, sem cus­to adicional para o consumidor. Em maio, vigorou a amarela, implicando num custo adicional de R$ 1 para cada 100 kWh con­sumido. A decisão interrompeu um ciclo de cinco meses con­secutivos sem cobrança de taxa extra – em dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril vigorou a verde e não houve cobrança complementar.

Em 21 de maio, a Aneel aprovou resolução que estabe­lece as faixas de acionamento e os adicionais das bandeiras tari­fárias com vigência em 2019. A proposta alterou o valor das ta­xas extras a partir de 1º de junho, com reajustes entre 20% e 50%.

A bandeira amarela passou para R$ 1,50 (antes era R$ 1) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) – o maior reajuste, de 50% –, já a vermelha no patamar 1 saltou para R$ 4 (antes era R$ 3 a cada 100 kWh, aumento de 33,3%) e no patamar 2, custa R$ 6 (antes era R$ 5) a cada 100 (kWh) – alta de 20%. Na bandeira verde, não há cobrança de taxa extra.

O sistema de bandeiras ta­rifárias leva em consideração o nível dos reservatórios das hidrelétricas e o preço da ener­gia no mercado à vista. As duas variáveis que definem o siste­ma de bandeiras tarifárias são o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD) e o nível dos reservatórios das hidrelé­tricas, medido pelo indicador de risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês).

Na metodologia das ban­deiras tarifárias as cores ver­de, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração. A definição da cor da bandeira continua a ser dada pela combinação entre risco hi­drológico e preço de liquidação de diferenças (PLD).

Desde 8 de abril, a conta de luz está, em média, 8,66% mais cara para 309.817 consumido­res de Ribeirão Preto e mais 4,2 milhões de clientes da CPFL Paulista espalhados em outras 233 cidades do estado de São Paulo. A Aneel autorizou, den­tro do processo de revisão tari­fária anual, reajuste nas faturas da concessionária.

Para os consumidores re­sidenciais, a alta foi de 7,87%. Pequenos comércios, que tam­bém entram na faixa de bai­xa tensão, tiveram reajuste de 8,34%. Para os clientes da alta tensão – indústrias, shopping centers e outros estabele-ci­mentos de grande porte – o au­mento foi de 9,30%. A empresa atende cerca de 4,6 milhões de unidades consumidoras loca­lizadas em 234 municípios do estado de São Paulo.

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