Tribuna Ribeirão
Economia

Energia mais cara a partir de novembro

MARCELO CAMARGO/AG.BR.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anun­ciou nesta sexta-feira, 25 de outubro, que as contas de luz terão bandeira vermelha no porimeiro patamar em novem­bro, com taxa extra de R$ 4,169 a cada 100 kWh para o consu­midor, depois da amarela vigo­rar em outubro, com adicional de R$ 1,50 a cada 100 kWh.

Em agosto e setembro, du­rante a estiagem, a conta de luz também teve bandeira verme­lha em seu primeiro patamar, com cobrança adicional de R$ 4 – a partir deste mês os valores não serão mais arredondados. Em julho, as tarifas também es­tavam com a bandeira amarela, com custo adicional de R$ 1,50 a cada 100 kWh.

“Novembro normalmente se caracteriza pelo início do perío­do úmido nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interli­gado Nacional (SIN). Todavia, o regime de chuvas regulares nes­sas regiões tem se revelado signi­ficativamente abaixo do padrão histórico”, ustifica a Aneel.

“A previsão hidrológica para o mês também aponta vazões afluentes aos principais reservatórios abaixo da média, o que repercute diretamente na capacidade de produção das hidrelétricas, elevando os custos relacionados ao risco hi­drológico (GSF)”, emenda.

“Essa conjuntura demanda elevação do acionamento do parque termelétrico, com con­sequências diretas sobre o pre­ço da energia (PLD). O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada”, informa a agência.

Nesta semana, a diretoria da Aneel aprovou uma mudança nas regras da bandeira tarifária, para retirar o critério de arre­dondamento da taxa adicional cobrada com o acionamento das bandeiras amarela e verme­lha. Assim, na bandeira amarela, com condições menos favo­ráveis, a taxa extra será menor agora, de R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos.

A bandeira vermelha pode ser acionada em um dos dois níveis cobrados. No primeiro nível, o adicional passa a ser de R$ 4,169 a cada 100 kWh. No segundo nível, a cobrança extra será de R$ 6,243 a cada 100 kWh. As bandeiras tarifá­rias indicam o custo da energia gerada para possibilitar o uso consciente de energia.

Antes do sistema, o custo da energia era repassado às ta­rifas no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidência da taxa básica de juros. A bandei­ra tarifária que vai vigorar em novembro será divulgada pela Aneel no dia 29 de novembro.

Em junho, as tarifas estavam com a bandeira verde, sem cus­to adicional para o consumidor. Em maio, vigorou a amarela, implicando num custo adicional de R$ 1 para cada 100 kWh con­sumido. A decisão interrompeu um ciclo de cinco meses con­secutivos sem cobrança de taxa extra – em dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril vigorou a verde e não houve cobrança complementar.

Em 21 de maio, a Aneel aprovou resolução que estabe­lece as faixas de acionamento e os adicionais das bandeiras ta­rifárias com vigência em 2019. A proposta alterou o valor das taxas extras a partir de 1º de ju­nho, com reajustes entre 20% e 50%. Na bandeira verde não há cobrança de taxa extra.

O sistema de bandeiras ta­rifárias leva em consideração o nível dos reservatórios das hi­drelétricas e o preço da energia no mercado à vista. A definição da cor da continua a ser dada pela combinação entre risco hi­drológico e preço de liquidação de diferenças (PLD).

As bandeiras tarifárias, taxas extras que passaram a ser incluídas mensalmente na conta de luz, já custaram um total de R$ 32,24 bilhões aos consumidores de todo o País. O valor, sem incluir correções monetárias, soma tudo o que foi pago de janeiro de 2015, quando as bandeiras tarifárias entraram em vigor, até junho de 2019, além da previsão de desembolso até dezembro.

Desde 8 de abril, a conta de luz está, em média, 8,66% mais cara para 309.817 consumido­res de Ribeirão Preto e mais 4,2 milhões de clientes da CPFL Paulista espalhados em outras 233 cidades do estado de São Paulo. A Aneel autorizou, den­tro do processo de revisão tarifá­ria anual, reajuste nas faturas da concessionária.

Para os consumidores re­sidenciais, a alta foi de 7,87%. Pequenos comércios, que tam­bém entram na faixa de bai­xa tensão, tiveram reajuste de 8,34%. Para os clientes da alta tensão – indústrias, shopping centers e outros estabele-ci­mentos de grande porte – o au­mento foi de 9,30%. A empresa atende cerca de 4,6 milhões de unidades consumidoras loca­lizadas em 234 municípios do estado de São Paulo.

Postagens relacionadas

Carnaval deve girar R$ 8,2 bi no Brasil

William Teodoro

Cai expectativa de inflação para este ano

Redação 2

Valor do IPVA já está disponível

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com