Tribuna Ribeirão
Economia

Energia – Conta de luz mais barata em fevereiro

Marcello Casal jr/Agência Brasil

As contas de luz terão ban­deira verde neste mês de feve­reiro, anunciou nesta sexta-feira, 31 de janeiro, a Agência Nacio­nal de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, não haverá taxa extra nas tarifas de energia. Em janei­ro, vigorou a bandeira amarela, com cobrança adicional de R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-ho­ra (kWh) consumidos.

Em dezembro, a agência alterou a bandeira tarifária de vermelha patamar 1 para a ama­rela, com custo extra de R$ 1,343 para cada 100 kWh, contra os R$ 4,169 por kWh cobrados de taxa extra em novembro, quan­do vigorou a vermelha. Em nota, a Aneel informou que houve melhora na previsão de chuvas nas regiões dos principais reser­vatórios de hidrelétricas do País.

Isso permitiu a adoção da bandeira verde. “A expectativa é a de que ocorra recuperação mais intensa do armazenamen­to ao longo de fevereiro”, diz a nota. Segundo a reguladora, isso diminui a necessidade de acio­namento de termelétricas, que produzem energia mais cara.

Em agosto e setembro, durante a estiagem, a conta de luz também teve bandeira vermelha em seu primeiro pa­tamar, na época com cobrança adicional de R$ 4 – a partir de novembro os valores deixaram de ser arredondados. Em outu­bro, as tarifas também estavam com a bandeira amarela, com custo adicional de R$ 1,50 a cada 100 kWh – antes do arre­dondamento, que neste caso foi para baixo (R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos).

No sistema de bandeiras ta­rifárias, em vigor desde 2015, a cor verde não tem cobrança de taxa extra, indicando condições favoráveis de geração de ener­gia no País. Na bandeira ama­rela, a taxa extra é de R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira vermelha pode ser acionada em um dos dois níveis cobrados. No primeiro nível, o adicional passa a ser de R$ 4,169 a cada 100 kWh. No segundo ní­vel, a cobrança extra será de R$ 6,243 a cada 100 kWh.

As bandeiras tarifárias indi­cam o custo da energia gerada para possibilitar o uso cons­ciente de energia. Antes do sistema, o custo da energia era repassado às tarifas no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidência da taxa básica de ju­ros. A população da Região Ad­ministrativa de Ribeirão Preto (RARP), que envolve a cida­de-sede e mais 24 municípios, pagou, de janeiro a setembro do ano passado, R$ 16,77 milhões a mais na conta de energia elé­trica por conta das bandeiras tarifárias diferenciadas.

O levantamento é da União da Indústria de Cana-de-Açú­car (Unica) a partir de dados da Aneel. Em 2018, o valor chegou a R$ 57,68 milhões. Somente na metrópole Ribeirão Preto, onde a CPFL Paulista tem 309.817 consumidores, a bandeira ama­rela e a vermelha geraram uma arrecadação de R$ 8,32 milhões no mesmo período de nove me­ses. No período anterior, os ri­beirão-pretanos desembolsaram R$ 28,60 milhões.

No Brasil, também entre janeiro e setembro, a taxa extra gerou R$ 2,05 bilhões. Em 2018 foram R$ 6,88 bilhões. Entre 2015 – quando o sistema de bandeiras tarifárias começou a valer – e setembro de 2019, os brasileiros já pagaram R$ 33,30 bilhões a mais. Na Região Ad­ministrativa, o aporte foi de R$ 268,70 milhões e, em Ribeirão Preto, de R$ 133,26 milhões.

A Região Administrativa conta com Ribeirão Preto, Alti­nópolis, Barrinha, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardi­nópolis, Luís Antônio, Monte Alto, Pitangueiras, Pontal, Pra­dópolis, Santa Cruz da Espe­rança, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana, Sertãozinho e Taquaral.

Em 8 de abril, a conta de luz terá alteração para os 309.817 consumidores ribeirão-pretanos e para mais 4,2 milhões de clien­tes da CPFL Paulista espalhados em outras 233 cidades do estado de São Paulo – são cerca de 4,6 milhões no total. É nesta data que a Aneel promove o processo de revisão tarifária anual, reajus­te nas faturas da concessionária. No ano passado a conta de luz ficou 8,66% mais cara.

Para os consumidores re­sidenciais, a alta foi de 7,87%. Pequenos comércios, que também entram na faixa de baixa tensão, tiveram reajuste de 8,34%. Para os clientes da alta tensão – indústrias, sho­pping centers e outros estabe­lecimentos de grande porte – o aumento foi de 9,30%.

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