Tribuna Ribeirão
Economia

Empresários de RP buscam rede de negócios

JF PIMENTA

Há 23 anos, o norte-a­mericano Ivan Misner, espe­cialista em comportamento organizacional, criou o Bu­siness Networking Interna­tional (BNI), um método com o objetivo de amplificar negócios por meio de redes de contato, o chamado ne­tworking. O sistema ganhou adeptos pelo mundo todo e em 2015 chegou a Ribei­rão Preto, onde empresários apostam na criação de Mis­ner para driblar a crise e fe­char negócios por meio do GiversGain ou ganhar con­tribuindo.

“Os membros se ajudam, fazem referências positivas sobre outros membros, indi­cam os serviços dos demais integrantes para toda a rede de contatos de cada um, pos­sibilitando o fechamento de vários negócios. Em suma, cada um usa dos próprios contatos e da própria credi­bilidade para vender os ser­viços do outro”, explica Jeffer­son Almeida, especialista em consórcios e presidente do grupo em Ribeirão Preto.

O grupo contempla em­presas de vários segmentos. São escritórios de advocacia, arquitetura, contabilidade, além de profissionais liberais, prestadores de serviços e em­presas de diferentes ramos.“A previsão é que ao longo do tempo o grupo aumente ain­da mais. É uma estratégia que tem ajudado muitos. Estamos felizes com os resultados”, ex­plicou o empresário Vinícius Rocha, à frente de uma em­presa especializada em ceri­moniais.

São realizados encon­tros semanais. Segundo os participantes para trocas de experiências, análise do mer­cado e da economia, além de avaliação de resultados. Há ainda a reunião entre dois empresários, o chamado 1×1, em que eles ficam conhecen­do melhor o trabalho um do outro, para indicar para a rede de contatos.

Qualquer empresário pode participar, desde que não haja conflito com a mes­ma área de atuação de outro membro, ou seja, é apenas uma empresa por segmento.

Paulo Melo, empresário especialista em construir casas de alto padrão, dis­se que as vantagens de fazer parte do grupo BNI Estilo é evoluir como empresário. O empresário está no grupo há um ano e afirma ter recebi­do mais de R$ 2 milhões no período por meio de referên­cias. “O grupo é uma escola prática de empreendedoris­mo”, diz.

Patrícia Polo é proprietá­ria de uma empresa especia­lizada em administração de condomínios e participa há 6 meses. Ela diz que a van­tagem foi o networking, com contatos expandidos e atin­gindo o objetivo de aumentar a carteira de clientes, “bem como aproveitar para divul­gar a marca da empresa entre os membros do grupo”.

“Fazer parte de uma or­ganização de networking fa­cilita as empresas passarem por momentos complicados. Os resultados são sólidos, já que cada empresário utiliza a própria credibilidade para vender o serviço do outro. O GiversGain funciona! Todos nós nos ajudamos. Construí­mos. E o mais legal é que não há concorrência no grupo. Apenas uma empresa por es­pecialidade. Ou seja, são 34 pessoas indicando pra toda sua rede de contatos, cada um dos serviços do outro membro. Todos ganham”, fi­naliza Jefferson Almeida.

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