Tribuna Ribeirão
Polícia

Empresário é detido por ‘gato’ de energia

POLÍCIA CIVIL/ DIVULGAÇÃO

A CPFL Paulista, concessio­nária que atende 309.817 con­sumidores em Ribeirão Preto e mais 4,2 milhões de clientes es­palhados por outras 233 cidades do estado de São Paulo, efetuou na manhã desta quarta-feira, 25 de setembro, em parceria com a Polícia Civil, uma operação con­tra fraudes e furtos na rede elé­trica do município e flagrou um “gato” de energia na Zona Leste.

A ação teve como foco prin­cipal as instalações em uma churrascaria na avenida Leão XIII, no bairro Ribeirânia, após a companhia ter verificado in­consistências nas medições de unidades consumidoras da re­gião. O proprietário do restau­rante foi preso em flagrante e, segundo o delegado Cezar Au­gusto França, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), aca­bou liberado no final da tarde após pagar fiança no valor de R$ 5 mil. Segundo a Polícia Civil, o estabelecimento funcionava com uma ligação direta do poste para o imóvel.

A concessionária destaca que realiza periodicamente ações como esta. Entre janeiro e julho deste ano, a distribui­dora realizou 20.609 inspeções contra fraudes e furtos em Ri­beirão Preto. Do total de vis­torias, 2.156 suspeitas foram confirmadas, 10,4% do total. No mesmo período de 2018, o número de fraudes e furtos en­contrado nas 17.203 inspeções realizadas pela companhia foi de 3.267 casos , 19% dos casos – queda de 34% em 2019, com 1.111 ocorrências a menos.

Já em relação à quantidade de energia recuperada, nos sete primeiros meses de 2019, o valor foi de 9.991 megawatts/hora. Em 2018, foram 10.728 MWh recu­perados. A Polícia Civil divulgou que o prejuízo mensal da CPFL Paulista com o “gato” na churras­caria chegava a R$ 5 mil, mas a concessionária diz que ainda vai fazer contas. Furtar energia é cri­me. As fraudes e furtos de energia são crimes previstos no Código Penal, e a pena pode variar de um a quatro anos de detenção. Além disso, para os fraudadores também são cobrados os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu o roubo, acres­cidos de multa.

Em 19 de julho, a compa­nhia promoveu uma operação de combate a fraudes e furtos de energia, os famosos “gatos”, em parceria com a Polícia Ci­vil. Inspecionou oito unidades consumidoras na cidade e en­controu situações irregulares em quatro delas. As irregulari­dades foram identificadas em estabelecimentos comerciais.

Na comparação entre o ano passado e 2017, a concessioná­ria registrou um crescimento de 30% no número de irregularida­des identificadas, passando de 7.906 para 10.266 casos em onze municípios. A cidade de Ribei­rão Preto foi a que registrou o maior número de irregularida­des identificadas, alcançando a marca de 7.368 ocorrências, um crescimento de 23,7%, com 1.413 denúncias a mais do que as 5.955 de 2017.

A empresa reforça que ou­tras instalações, em mais de 30 cidades, já foram mapeadas e serão alvo de vistoria nos próxi­mos dias. É importante destacar que para identificação de irre­gularidades, além das inspeções convencionais, a companhia faz regularmente blindagem de rede e medição para evitar a reincidência de furtos. Essas tecnologias de monitoramento contínuo e à distância permitem que a distribuidora aumente a produtividade das equipes e in­tensifique suas ações contra esse tipo de crime sem a necessidade de deslocá-las presencialmente.

Consumidores da CPFL Paulista podem contribuir para o combate às fraudes e furtos por meio dos canais de denún­cia disponibilizados pela con­cessionária. Denúncias podem ser realizadas pelo aplicativo CPFL Energia, pelo site www. cpfl.com.br, pelo e-mail de­[email protected] ou pelo telefone 0800 010 10 10.

Além de ser crime, as irre­gularidades contribuem para tornar a conta de luz mais cara para todos os consumi­dores. Isso ocorre porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconhece nas chamadas “perdas comer­ciais”, como são denominados os furtos e as fraudes no jargão do setor elétrico, uma parcela do prejuízo da distribuidora com o valor da energia furtada e dos custos para identificar e coibir as irregularidades.

Outra consequência negati­va dos furtos e fraudes de ener­gia é a piora na qualidade do serviço prestado, prejudicando todos os consumidores. As li­gações clandestinas sobrecarre­gam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível às interrupções no fornecimento de energia. A re­gularização destes clientes traz cidadania para essa parcela da população e beneficia todos os consumidores com um serviço de melhor qualidade.

Consumidores que adotam esta prática, popularmente co­nhecida como “gato”, também estão colocando em risco as suas vidas e da população. Pes­soas não habilitadas que tentam manipular o medidor de ener­gia ou realizar ligação direta na rede elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais.

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