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Empresária de RP fatura R$ 10 mi com cera depilatória

Adriana Dorazi – especial para o Tribuna Ribeirão

O mercado de beleza e es­tética é um dos poucos que continuou crescendo apesar dos impactos deixados pelos piores anos da pandemia da covid-19. Empreender é espe­cialmente positivo quando co­mandado por elas.

Dados do Sebrae apontam que em todo o estado de São Paulo eram 2,47 milhões de mulheres empreendedoras no 3º trimestre de 2022, o maior número desde o início da série histórica. Isso signi­fica que as microempresárias representam 37% dos donos de negócios ante uma média nacional de 34,4%.

São muitas e fazem sucesso. É o caso de Poliana Sicchieri, empreendedora de Ribeirão Preto que faturou mais de R$ 10 milhões com uma nova fór­mula de cera depilatória que já chegou a vários outros países. Ela largou o sonho de se tornar cabeleireira para começar um novo negócio, aproveitando o gosto de homens e mulheres pela depilação sem dor.

Poliana desenvolveu a cera que é composta por produtos fitoterápicos que amenizam a dor em até 80%. Fez a patente e, no primeiro ano, já faturou o primeiro milhão. A cera, ba­tizada de Marroquina, leva ca­cau alcalino e já está presente em todo o Brasil, Estados Uni­dos, França, Espanha, Itália, Reino Unido, Portugal, Tur­quia e Japão.

Poliana desenvolveu a cera que é composta por produtos fitoterápicos que amenizam a dor em até 80%

Poliana dá o crédito da ino­vação ao marido, que já é fale­cido. Também gerencia outros dois salões de beleza e ajuda de­piladoras a conquistar a pros­peridade financeira revenden­do o produto.

Dinheiro para comprar comida
Antes de prosperar e de de­senvolver a marca, Poliana Sic­chieri passou por algumas di­ficuldades. No ano de 2000 fez curso e começou como cabe­leireira. “Minha mãe me levou para o salão do Cidis [falecido marido], na época eu tinha 17 anos. Ela disse a ele que iria trabalhar ali, mas ele estava fa­lido, não tinha nenhum clien­te para atender. Eu tinha três meses de seguro-desemprego e minha mãe disse que eu tra­balharia de graça e, depois des­se período, ela iria me ajudar a abrir um negócio para mim, eu topei e foi assim que come­cei a ganhar experiência e a conviver com o Cidis”, explica Poliana, que logo se apaixonou pelo mentor de vida (como a mesma diz) e decidiu ajudá-lo a recuperar a fama e os clientes que já tinha tido.

“Eu abandonei a escola, não fazia sentido eu perder quatro horas da minha vida sendo que eu podia estar escreven­do cartas para enviar e captar clientes. Eu panfletava todos os dias, até apareceram algumas pessoas, mas nada que nos aju­dasse naquele momento”, con­ta Poliana, que inclusive estava atendendo uma dessas poucas clientes e teve sua energia cor­tada, não podendo finalizar o serviço e deixando a mulher ir embora sem nenhum pro­cedimento, momento em que percebeu que precisava fa­zer algo para mudar de vida.

Eles decidiram investir em depilação. “Uma cliente foi, gostou da cera e indicou para outras pessoas. Em três meses a minha agenda estava lotada, não estávamos dando con­ta de tanta gente, precisamos contratar pessoas”, relembra a empresária, que após anos de muito trabalho e dedicação, construiu um império a partir da depilação com cera.

Sebrae: perfil do empreendedorismo feminino
O estado de São Paulo atingiu a marca recorde de 2,47 milhões de mulheres empreendedoras no 3º trimestre de 2022, o maior número desde o início da série histórica iniciada no 4º trimestre de 2015.

A marca anterior era de 2,21 milhões registrada no 2º trimes­tre de 2022. A pesquisa aponta ainda que as donas de negócios paulistas são as mais escolari­zadas (37% têm ensino superior) e com o maior rendimento mé­dio mensal do País (R$ 2.803). No entanto, o valor representa 15,3% do obtido pelos empreen­dedores masculinos, no mesmo período (3º trimestre de 2022). Parte dessa diferença pode estar relacionada aos segmentos de atuação e à atuação em menor escala.

Outro dado importante é que 52% das mulheres empreen­dedoras são chefes de domi­cílio, ou seja, são as principais responsáveis por esses lares. “Quando a mulher decide em­preender, ela jamais abdica de um papel que ela tinha, como por exemplo, de mãe, filha, cuidadora de toda a família. A mulher continua exercendo todos esses papeis e, agora, de empresária. Tudo isso sobre­carrega o dia dessa mulher e vemos muitas delas com dupla, tripla jornada. O empreendedo­rismo feminino está conquis­tando cada vez mais espaço, mas ainda existem muitos desafios a serem enfrentados”, destaca Camila Ribeiro, gestora estadual do Sebrae Delas.

Entre as mulheres empreendedoras do estado de São Paulo, 85% trabalham por conta própria e 15% são empregadoras

Entre as mulheres empreende­doras do estado de São Paulo, 85% trabalham por conta própria e 15% são empregadoras, ou seja, têm um empreendimento com empregados. Entre as em­pregadoras, 73% têm entre um e cinco empregados. “Acredi­tamos que com conhecimento, capacitação, mentoria e contato com outras mulheres empre­endedoras, a mulher vai estar ainda mais segura para que suas decisões sejam tomadas e o empreendedorismo seja uma grande ferramenta transforma­dora na vida dela”, completa Camila Ribeiro.

A pesquisa indicou ainda, nacionalmente, as atividades com o predomínio de donas de negócios. São elas: cabelei­reiros e tratamento de beleza; comércio de vestuário; serviços de catering, bufê e serviços de comida preparada; comércio de produtos farmacêuticos, cosmé­ticos e perfumaria; e confecção sob medida.

Para mais informações do suporte do Sebrae ao empreendedorismo acesse: https://sp.agenciasebrae.com.br/.

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