O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou nesta quarta-feira, 29 de março, os números do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) de fevereiro deste ano. A economia de Ribeirão Preto fechou o segundo mês de 2023 com superávit de 1.415 empregos com carteira assinada, fruto de 11.222 admissões e 9.807 demissões.
Apesar do bom resultado, a queda chega a 11,3% na comparação com o saldo de 1.585 vagas abertas no mesmo período de 2022, resultado de 11.874 contratações e 10.279 rescisões. São 180 postos de trabalho a menos. Porém, em comparação com janeiro, quando o déficit foi de 413 trabalhadores dispensados (10.600 admissões e 11.013 demissões), o resultado não foi tão ruim.
Neste caso, houve crescimento de 442,6%. São 1.828 vagas a mais. No primeiro bimestre, o superávit é de 1.002 novos postos de trabalho, fruto de 21.822 contratações e 20.820 rescisões. No mesmo período do ano passado, o saldo foi de 2.371 trabalhadores contratados, soma de 22.458 admissões e 20.087 demissões – janeiro teve superávit de 776 postos.
O resultado de 2023 é 57,7% inferior. São 1.369 carteiras assinadas a menos. A cidade fechou o mês com estoque de 231.522 empregos formais. A economia de Ribeirão Preto encerrou o ano passado com superávit de 11.736 novos empregos com carteira assinada, fruto de 133.677 admissões e 121.941 demissões. A queda chega a 17,4% na comparação com o saldo de 14.203 vagas abertas em 2021, resultado de 119.220 contratações e 105.017 rescisões.
São 2.467 postos de trabalho a menos. O déficit de 2.335 vagas de dezembro foi o pior desde 2015, quando o rombo foi de 2.520 postos (5.655 contratações e 8.175 rescisões). No ano passado, além do saldo positivo de 776 vagas em janeiro e de 1.595 em fevereiro, Ribeirão Preto ainda registrou superávit em março (560), abril (2.008, o melhor saldo de 2022), maio (1.902), junho (646), julho (1.353), agosto (1.416), setembro (1.484), outubro (1.431) e novembro (900).
O saldo de 14.203 empregos formais de 2021 é o melhor resultado anual desde 2010, quando o saldo foi de 14.352 novos postos de trabalho – fruto de 109.136 contratações e 94.784 rescisões. Na comparação com o acumulado de 2020, quando o déficit foi de 2.296 dispensas (90.604 contratações e 92.900 rescisões), a alta em 2021 chega a 718,6%, com 16.499 novas vagas criadas em doze meses. Ribeirão Preto encerrou 2021 no 20º lugar do ranking nacional das cidades que mais geraram emprego com carteira assinada. Ficou em quinto lugar no Estado de São Paulo, atrás da capital (saldo de 336.836), Barueri (30.577), Osasco (24.075) e Campinas (22.365). Em 2019, a economia local registrou superávit de 3.260 carteiras assinadas (99.483 contratações e 96.223 rescisões). Foi o quarto resultado mais expressivo do estado. Ficou atrás da capital São Paulo (80.831), Barueri (7.546) e Suzano (4.917).
Ranking
Ribeirão Preto fechou 2022 em sexto lugar do ranking dos municípios que mais geraram emprego em São Paulo entre janeiro e dezembro do ano passado – mesma posição de novembro. Era a 19ª do país – igual ao mês anterior. No mês de dezembro, foi o 638º município paulista com melhor saldo e o 5.551º do país – era a 13ª do estado e 37ª do país em novembro. A cidade de São Paulo lidera o ranking estadual e o nacional dos últimos doze meses com saldo de 188.727 empregos formais.
No mês de fevereiro, Ribeirão Preto ficou em 25º lugar no ranking nacional, com saldo de 1.415 vagas, liderado por São Paulo (16.077). É a sexta cidade do Estado que mais gerou trabalho com carteira assinada. No bimestre, ocupa a 67ª posição, com 1.002 empregos formais.
A capital paulista lidera com 17.785. Em doze meses, a economia ribeirão-pretana acumula saldo de 10.367 novos postos e está na 18ª posição do ranking nacional, também liderado por São Paulo (152.173) –, segundo dados divulgados por Ismael Colosi, da Chefia de Trabalho, Emprego e Renda da prefeitura de Ribeirão Preto.
Saldo do emprego por setores em RP
Segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, em Ribeirão Preto, apenas uma das cinco principais atividades econômicas da cidade fecharam fevereiro com déficit de vagas de emprego formal: o comércio.
Houve superávit na indústria, construção civil e agropecuária. O comércio fechou fevereiro com saldo negativo de 18 postos de trabalho encerrados, fruto de 2.778 admissões e 2.796 demissões. No primeiro bimestre, contratou 5.355 e dispensou 5.777, déficit de 411. No ano passado, contratou 35.732 e demitiu 32.789, superávit de 2.943.
O setor de serviços registrou 6.561 contratações e 5.524 rescisões em fevereiro, saldo de 1.037 empregos formais. Nos dois primeiros meses, admitiu 12.616 e demitiu 11.909, superávit de 707. De 1º de janeiro a 31 de dezembro, contratou 76.506 e demitiu 69.024, saldo positivo de 7.482.
A construção civil fechou fevereiro com superávit de 78 carteiras assinadas, fruto de 810 admissões e 732 demissões. No primeiro bimestre, contratou 1.770 e dispensou 1.586, superávit de 184. Entre janeiro e dezembro, contratou 10.468 e demitiu 10.542, déficit de 74 vagas.
A indústria admitiu 1.030 trabalhadores e demitiu 727 em fevereiro, com saldo positivo de 303 empregos formais. Nos dois primeiros meses, admitiu 1.989 e demitiu 1.488 superávit de 501. No ano passado inteiro, contratou 10.564 e demitiu 9.183, superávit de 1.381.
A agropecuária admitiu 43 funcionários e dispensou 28, saldo positivo de 15 vagas a mais em fevereiro. No primeiro bimestre, contratou 81 e dispensou 60, superávit de 21. No ano passado, contratou 407 e demitiu 403, superávit de apenas quatro empregos com carteira assinada.