A taxa de desocupação, que mede o desemprego no Brasil, alcançou 8,4% no trimestre terminado em janeiro. O percentual significa estabilidade se comparado ao período anterior, entre agosto, setembro e outubro de 2022, que atingiu 8,3%. Porém, subiu 0,5 ponto percentual em relação aos 7,9% do trimestre finalizado em dezembro. Desde 2015, porém, é a menor taxa para o trimestre de novembro a janeiro.
Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve recuo de 2,9 pontos percentuais. O país registrou um fechamento de 1,025 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 17 de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A população ocupada ficou em 98,636 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro. Em um ano, esse contingente aumentou em 3,208 milhões de pessoas. Já a população desocupada diminuiu em 27 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,995 milhões de desempregados no trimestre até janeiro.
Em um ano, 3,053 milhões de pessoas deixaram o desemprego. A população inativa somou 66,341 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro, 1,438 milhão de inativos a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 1,403 milhão de pessoas. O texto publicado no site do IBGE estima em 56,7% o nível de ocupação referente ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar.
O índice é semelhante ao registrado no mesmo trimestre de 2016. A quantidade de pessoas ocupadas ficou em 98,6 milhões. O número significa queda de um milhão de pessoas em relação ao trimestre terminado em outubro. No trimestre terminado em janeiro, faltou trabalho para 21,505 milhões de pessoas no país.
Rendimento
A Pnad do trimestre móvel terminado em janeiro de 2023 mostrou também que o rendimento real habitual avançou 1,6% no período, chegando a R$ 2.835, ou 7,7% na comparação anual. Entre os setores que ajudaram no crescimento no trimestre e na comparação com o mesmo período do ano anterior está o de alojamento e alimentação.
Em termos de atividades no confronto com o trimestre anterior, o destaque são os setores de alojamento e alimentação, que teve aumento de 7%, e administração pública, saúde e educação, com aumento de 3,1%. Destaque também para os serviços domésticos, que expandiram o rendimento real em 2,2%. Já no confronto anual, todas as atividades tiveram ganho estatisticamente significativo dos seus rendimentos.