Tribuna Ribeirão
Economia

Emprego no comércio paulista bate recorde

ROVENA ROSA/AG.BR.

O mês de julho registrou a maior evolução mensal ab­soluta, desde novembro de 2020, do mercado de trabalho celetista no comércio paulista. Foram 23.536 novas vagas no mês, de acordo com a Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP), realizada pela Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio SP).

Nos sete primeiros meses do ano, houve um avanço de 67.849 novos empregos, dos quais mais de 65 mil foram criados somen­te no último trimestre. O setor de serviços também apontou resultado positivo, com a cria­ção de 45.195 vagas no mês – sétima evolução seguida e a maior desde fevereiro. No acu­mulado do ano, o setor gerou 244.088 postos de trabalho.

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempre­gados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho, o co­mércio ribeirão-pretano fechou julho com saldo positivo de 512 postos de trabalho, fruto de 2.543 contratações e 2.031 rescisões. Em sete meses, con­tratou 15.692 e demitiu 14.440, superávit de 1.252. Nos últi­mos doze meses, o superávit é de 4.070 vagas, fruto de 28.119 admissões e 24.049 demissões.

O setor de serviços registrou 5.398 contratações e 4.297 resci­sões, superávit de 1.101 empre­gos formais. Em sete meses, con­tratou 35.376 e demitiu 30.418, saldo positivo de 4.958. Em doze meses, foram 58.430 contrata­ções e 49.796 rescisões, superávit de 8.634 empregos formais.

Desde o fim da maior par­te das restrições de horário aos setores não essenciais, em maio, o comércio paulista ge­rou 65.424 vagas, enquanto os serviços, outros 126.080 em­pregos. A reabertura das ativi­dades acionou uma demanda represada nos segmentos mais impactados pela pandemia e por suas restrições.

Com quadros enxutos, ago­ra, estes setores estão gerando vagas, apesar da alta inflacioná­ria, do endividamento das famí­lias, dos juros ao consumidor e do desemprego – que, a despei­to de impactarem a conjuntura econômica em geral, ainda não reverteram o processo de gera­ção de empregos.

No comércio, dos postos de trabalho criados, 50 mil ocor­reram no varejo, sendo 7.033 no segmento de vestuário e acessórios – o mais impac­tado desde março de 2020 (e que ainda está 24,5 mil vagas abaixo da empregabilidade de fevereiro de 2020).

Nos serviços, o cenário é parecido, dado que o ramo de alojamento e alimentação, ain­da que com saldo acumulado negativo de quase 110 mil vagas desde o início de março do ano passado, obteve, no trimestre de maio a julho de 2021, um saldo de 15.503 postos laborais no Es­tado, o quarto melhor resultado absoluto dentre as 14 divisões setoriais que formam o setor.

Com 103.766 admissões e 80.230 desligamentos, em ju­lho, o estoque ativo do comércio chegou a 2,742 milhões de vín­culos, um avanço de 0,87% em relação a junho. Dentre as três divisões do setor, o varejo se des­tacou, com a criação de 17.281 postos de trabalho, puxado no­vamente pelo setor de vestuário e acessórios (2.705).

No ano, o número de novos empregos está principalmen­te relacionado à atividade do comércio varejista de madeira, ferragens e materiais de cons­trução, responsável por 11.125 dos postos totais do varejo, com saldo de 37.098.

Em doze meses, de agosto de 2020 a julho de 2021, fo­ram criadas 190.973 vagas no comércio. Destas, 132.230 são no varejo, com significativo avanço dos segmentos de ma­teriais de construção (19.629 vagas) e de hipermercados e supermercados (14.148).

Nos serviços, após 274.651 admissões e 229.456 desliga­mentos, o resultado do mês significou um avanço de 0,69% ao estoque de vagas, o qual atingiu 6,578 milhões de vín­culos ativos. O maior avanço absoluto ocorreu nos serviços administrativos e comple­mentares (criação de 10.576 postos de trabalho), puxado por teleatendimento (2.415).

Nos sete meses, as vagas cria­das foram impactadas principal­mente pelos serviços de saúde humana e sociais (57.266) e ser­viços administrativos (47.231). Em 12 meses, são 386.394 novos empregos – tal desem­penho foi reflexo dos serviços administrativos e complemen­tares (150.748) e, novamente, do trabalho de saúde humana e sociais (69.776).

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