O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou nesta terça-feira, 30 de janeiro, os números do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) de dezembro. A economia de Ribeirão Preto fechou o último mês de 2023 com déficit de 2.448 empregos com carteira assinada, fruto de 9.003 admissões e 11.451 demissões, pior resultado do ano.
Foi a terceira queda do ano. Despencou 437,19% na comparação com o saldo positivo de 726 vagas criadas em novembro, resultado de 11.187 contratações e 10.461 rescisões. São 3.174 postos de trabalho a menos. Em comparação com dezembro do ano passado, quando o rombo foi de 2.353 trabalhadores demitidos (8.049 admissões e 10.402 demissões), o recuo é de 4,04%. São 95 vagas a menos.
No ano – Em doze meses, o superávit é de 6.178 novos postos de trabalho, fruto de 135.749 contratações e 129.571 rescisões. No ano anterior, o saldo foi de 11.766 trabalhadores contratados, resultado de 133.831 admissões e 122.065 demissões. O resultado de 2023 é 47,49% inferior. São 5.588 carteiras assinadas a menos.
Ranking – Ribeirão Preto encerrou o ano passado com o 35º melhor saldo de emprego formal em todo o país. Ficou em sexto lugar no Estado de São Paulo, atrás da capital (132.263, melhor resultado do Brasil), Campinas (13.205), Guarulhos (12.706), São José dos Campos (6.908) e Sorocaba (6.218).
Ribeirão Preto fechou 2022 em sexto lugar no ranking dos municípios que mais geraram emprego em São Paulo entre janeiro e dezembro. Era a 19ª do país. Poré, em dezembro do ano passado, ficou apenas na 5.553ª posição entre 5.570 municípios.
Ano passado – Em 2023, Ribeirão Preto registrou déficit de 350 vagas em janeiro, 66 em maio e de 2.448 em dezembro. Os superávits foram de 1.506 em fevereiro, de 1.164 em março, de 1.265 em abril, 395 em junho, 1.202 em julho, 649 em agosto, 721 em setembro e 1.414 em outubro, além de 726 em novembro.
O superávit de 11.766 novos empregos com carteira assinada registrado na economia de Ribeirão Preto em 2022 é 18,28% inferior na comparação com o saldo de 14.398 vagas abertas em 2021, resultado de 119.728 contratações e 105.330 rescisões. São 2.632 postos de trabalho a menos.
O déficit de 2.448 vagas de dezembro do ano passado foi o pior desde 2015, quando o rombo foi de 2.520 postos. O saldo de 14.398 empregos formais de 2021 é o melhor resultado anual desde 2010, quando foi de 14.352 novos postos de trabalho – fruto de 109.136 contratações e 94.784 rescisões.
Na comparação com o acumulado de 2020, quando o déficit foi de 2.367 dispensas (90.479 contratações e 92.846 rescisões), a alta em 2021 chega a 708,3%, com 16.765 novas vagas criadas em doze meses, segundo os dados do Ministério do Trabalho e Emprego.
Construção fecha o ano com déficit
Segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, em Ribeirão Preto, quatro das cinco principais atividades econômicas da cidade fecharam dezembro com déficit de vagas de emprego formal: serviços, construção civil, indústria e agropecuária. Apenas o comércio registrou superávit ínfimo. No ano, apenas o setor de construção civil encerrou no “vermelho”
O comércio fechou dezembro com saldo positivo de 29 postos de trabalho, fruto de 3.060 admissões e 3.031 demissões. No ano passado, contratou 36.504 e dispensou 35.422, superávit de 1.082. Em 2022, contratou 35.871 e demitiu 32.911, superávit de 2.960.
O setor de serviços registrou 4.980 contratações e 6.547 rescisões em dezembro, déficit de 1.567 empregos formais. Em 2023, admitiu 77.457 e demitiu 73.198, superávit de 4.259. De 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2022, contratou 76.472 e demitiu 69.000, saldo positivo de 7.472.
A construção civil fechou dezembro com déficit de 595 carteiras assinadas, fruto de 424 admissões e 1.019 demissões. No ano passado, contratou 10.483 e dispensou 10.401, superávit de 82. Entre janeiro e dezembro de 2022, contratou 10.467 e demitiu 10.527, déficit de 60 vagas.
A indústria admitiu 522 trabalhadores e demitiu 813 em dezembro, com saldo negativo de 291 empregos formais criados. De janeiro a dezembro do ano passado, admitiu 10.703 e demitiu 9.974, superávit de 729. Em 2022, contratou 10.607 e demitiu 9.209, superávit de 1.398.
A agropecuária admitiu 17 funcionários e dispensou 41, saldo negativo de 24 vagas a menos em dezembro. De janeiro a dezembro do ano passado, contratou 602 e dispensou 576, superávit de 26. Em 2022, contratou 414 e demitiu 418, déficit de quatro empregos com carteira assinada.
Os números do emprego nos últimos anos em RP
2010
Admissões: 109.136
Demissões: 94.784
Saldo: 14.352
2011
Admissões: 118.529
Demissões: 105.845
Saldo: 12.864
2012
Admissões: 123.568
Demissões: 114.748
Saldo: 8.820
2013
Admissões: 128.129
Demissões: 119.602
Saldo: 8.527
2014
Admissões: 127.654
Demissões: 126.071
Saldo: 1.583
2015
Admissões: 98.572
Demissões: 104.895
Saldo: -6.323
2016
Admissões: 88.485
Demissões: 92.345
Saldo: -3.860
2017
Admissões: 86.647
Demissões: 85.732
Saldo: 915
2018
Admissões: 96.236
Demissões: 89.278
Saldo: 6.958
2019
Admissões: 99.483
Demissões: 96.223
Saldo: 3.260
2020
Admissões: 90.479
Demissões: 92.846
Saldo: -2.367
2021
Admissões: 119.728
Demissões: 105.330
Saldo: 14.398
2022
Admissões: 133.831
Demissões: 122.065
Saldo: 11.766
2023
Admissões: 135.749
Demissões: 129.571
Saldo: 6.178