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Emprego formal despenca em RP

ARQUIVO/AG.BR.

O Ministério do Trabalho divulgou nesta sexta-feira, 20 de julho, os números do Ca­dastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Se­gundo a pasta, Ribeirão Preto fechou o primeiro semestre com saldo positivo, mas encer­rou junho déficit de 662 vagas, 112,1% abaixo do resultado negativo de 312 empregos ex­tintos no mesmo mês do ano passado, 350 carteiras assina­das a menos. Dos cinco princi­pais setores da economia local, apenas agropecuária fechou no “azul”, mesmo assim com im­pacto pífio para a cidade.

Segundo o Caged, o supe­rávit deste ano é de 2.408 vagas formais, mas a soma dos resulta­dos de janeiro (1.299), fevereiro (524), março (206), abril (589), maio (233) e junho (-662) indica 2.189 vagas. A diferença é de 219 carteiras assinadas. Como os saldos por setores batem com os resultados dos meses, o Tribuna considera este total.

Assim, o superávit na cidade no primeiro semestre é 17 vezes superior ao de 125 postos aber­tos no mesmo período do ano passado, acréscimo de 2.064. O resultado é o melhor desde 2014, quando a cidade fechou os seis primeiros meses do ano com 3.609 novos contratos de traba­lho, 39,3% acima do atual, com 1.420 vagas a mais. Em 2015 houve déficit de 1.734 empregos e em 2016, de 1.598.

Na comparação com maio, quando Ribeirão Preto obteve superávit de 233 empregos for­mais, a queda é de 384,1%, 895 postos de trabalho a menos. A última vez que a cidade fechou junho no “azul” foi em 2013, com saldo de apenas 78 cartei­ras assinadas. Em 2014, 2015 e 2016 os resultados foram nega­tivos para o período, com défi­cits de 609, 1.054 e 679, respec­tivamente.

Dos cinco principais seto­res da economia local, apenas a agropecuária obteve saldo positivo no mês passado, mas o impacto é pífio, já que a cidade não tem essa vocação. Serviços, comércio, construção civil e indústria registraram déficit. O resultado geral do mês passado é fruto de 6.613 admissões e 7.275 demissões. Nos últimos doze meses, o saldo é positivo, de 3.251 postos de trabalho – 90.698 contratações e 87.447 dispensas. No semestre, fo­ram 47.951 novos contratos e 45.543 rescisões, mas o saldo de 2.408 não bate com os ba­lanços mensais.

Ribeirão Preto fechou o ano passado com saldo po­sitivo de 915 novas vagas, o melhor resultado desde 2014, quando a cidade registrou su­perávit de 1.583 carteiras assi­nadas – fruto de 127.654 ad­missões e 126.071 demissões. Em 2017, os principais setores da economia ribeirão-pretana conseguiram cobrir o rombo de 3.860 postos de trabalho fechados em 2016, com a ge­ração de 4.775 novas vagas, alta de 123,7%.

Nos últimos 15 anos, desde 2003, o melhor resultado re­gistrado pela economia de Ri­beirão Preto ocorreu em 2010, quando os principais setores contrataram 109.136 pessoas e dispensaram 94.784, superávit de 14.352. Depois vem o ano de 2011, com 118.529 empre­gos formais criados e 105.845 extintos, saldo de 12.864. Uma ampla pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteligência da As­sociação Comercial e Indus­trial de Ribeirão Preto (Acirp), coordenado pelo economista Gabriel Couto, mostra que nos últimos dez anos, entre 2007 e 2017, a cidade acumula déficit de 5.217 empregos formais.

Setores fecharam junho com déficit
Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira, 20 de julho, quatro dos cinco principais setores da economia de Ribeirão Preto fecharam junho no “vermelho”.

Apenas a agropecuária obteve superávit de oito vagas, fruto de 38 admissões e 30 demissões. No semestre, saldo é de 32 carteiras assinadas, com 254 contratações e 22 dispensas. Em doze meses, a atividade registra 51 novos empregos formais, com 432 postos abertos e 381 fechados.

O setor de serviços fechou junho com déficit de 276 vagas, resultado de 3.623 admissões e 3.899 demis­sões. No semestre, acumula 2.399 postos de trabalho abertos, com 26.705 contratações e 24.306 dispensas. Em doze meses, são 3.211 empregos formais criados, com 49.501 contratos assinados e 46.290 rescisões.

O comércio também fechou o mês passado no “vermelho” e déficit de 98 vagas, com 2.006 admissões e 2.104 e demissões. No semestre, o saldo negativo é de menos 115 postos, com 13.604 contratações e 13.719 dispensas. Em doze meses, o resultado é positivo, com superávit de 828 ofertas de emprego, fruto de 26.760 carteiras assinadas e 25.932 rescisões.

A construção civil admitiu 465 operários e demitiu 518, fechando junho com déficit de 53 empregos. No semestre, o superávit é de 189 carteiras assinadas, com 3.275 contratações e 3.086 dispensas. Em doze meses, foram fechados 463 postos de trabalho, com 6.519 admissões e 6.982 demissões.

Por fim, a indústria contratou 458 e dispensou 699 em junho, déficit de 241. No semestre o setor re­gistrou superávit de 95 vagas, com a geração de 3.896 empregos formais e a extinção de 3.801. Em doze meses, foram fechados 123 postos, com 7.055 contratações e 7.178 dispensas.

Dados do emprego em maio na cidade
JUNHO
Admissões: 6.613
Demissões: 7.275
Saldo: -662 vagas
Neste ano
Admissões: 47.951
Demissões: 45.543
Saldo: 2.408 * *
A soma do saldo dos seis me­ses não bate e é de 2.189 vagas
DOZE MESES
Admissões: 90.698
Demissões: 87.447
Saldo: 3.251 vagas

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