O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou nesta quinta-feira, 27 de abril, os números do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) de março deste ano. A economia de Ribeirão Preto fechou o terceiro mês de 2023 com superávit de 1.022 empregos com carteira assinada, fruto de 12.840 admissões e 11.818 demissões.
Apesar do bom resultado, a queda chega a 29,9% na comparação com o saldo de 1.457 vagas abertas em fevereiro, resultado de 11.316 contratações e 9.859 rescisões. São 435 postos de trabalho a menos. Porém, em comparação com março do ano passado, quando o superávit foi de 560 trabalhadores dispensados (11.533 admissões e 10.973 demissões), o resultado não foi tão ruim.
Neste caso, houve crescimento de 82,5%. São 462 vagas a mais. No primeiro trimestre, o superávit é de 2.082 novos postos de trabalho, fruto de 34.781 contratações e 32.699 rescisões. No mesmo período do ano passado, o saldo foi de 2.929 trabalhadores contratados, soma de 33.991 admissões e 31.062 demissões.
O resultado de 2023 é 28,9% inferior. São 847 carteiras assinadas a menos. A cidade fechou o mês com estoque de 231.522 empregos formais. A economia de Ribeirão Preto encerrou o ano passado com superávit de 11.697 novos empregos com carteira assinada, fruto de 133.700 admissões e 122.003 demissões. A queda chega a 17,8% na comparação com o saldo de 14.237 vagas abertas em 2021, resultado de 119.369 contratações e 105.132 rescisões.
São 2.540 postos de trabalho a menos. O déficit de 2.338 vagas de dezembro foi o pior desde 2015, quando o rombo foi de 2.520 postos. No ano passado, além do saldo positivo de 775 vagas em janeiro e de 1.594 em fevereiro, Ribeirão Preto ainda registrou superávit em março (560), abril (2.013, o melhor saldo de 2022), maio (1.900), junho (641), julho (1.351), agosto (1.413), setembro (1.474), outubro (1.422) e novembro (892).
O saldo de 14.237 empregos formais de 2021 é o melhor resultado anual desde 2010, quando o saldo foi de 14.352 novos postos de trabalho – fruto de 109.136 contratações e 94.784 rescisões. Na comparação com o acumulado de 2020, quando o déficit foi de 2.293 dispensas (90.780 contratações e 93.073 rescisões), a alta em 2021 chega a 720,9%, com 16.530 novas vagas criadas em doze meses.
Ranking
Ribeirão Preto fechou 2022 em sexto lugar do ranking dos municípios que mais geraram emprego em São Paulo entre janeiro e dezembro do ano passado – mesma posição de novembro. Era a 19ª do país – igual ao mês anterior. No mês de dezembro, foi o 638º município paulista com melhor saldo e o 5.551º do país – era a 13ª do estado e 37ª do país em novembro. A cidade de São Paulo lidera o ranking estadual e o nacional dos últimos doze meses com saldo de 188.727 empregos formais.
Em março, Ribeirão Preto está em 38º lugar no ranking nacional, com saldo de 1.022 vagas, liderado por São Paulo (13.875). É a quarta cidade do Estado que mais gerou trabalho com carteira assinada. No trimestre, ocupa a 44ª posição no Brasil, com 2.082 novos postos. É a 11ª no estado.
A capital paulista lidera com 32.399. Em doze meses, a economia ribeirão-pretana acumula saldo de 10.850 novos postos e está na 19ª posição do ranking nacional e em quinto no estado, também liderado por São Paulo (162.971) –, segundo dados divulgados por Ismael Colosi, da Chefia de Trabalho, Emprego e Renda da prefeitura de Ribeirão Preto.
Saldo do emprego por setores em RP
Segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, em Ribeirão Preto, apenas uma das cinco principais atividades econômicas da cidade fecharam março com déficit de vagas de emprego formal: o comércio.
Houve superávit na indústria, construção civil e agropecuária. O comércio fechou março com saldo negativo de 70 postos de trabalho encerrados, fruto de 3.144 admissões e 3.214 demissões. No primeiro trimestre, contratou 8.534 e dispensou 9.001, déficit de 467. No ano passado, contratou 35.732 e demitiu 32.796, superávit de 2.936.
O setor de serviços registrou 7.678 contratações e 6.712 rescisões em março, saldo de 966 empregos formais. Nos três primeiros meses, admitiu 20.368 e demitiu 18.652, superávit de 1.716. De 1º de janeiro a 31 de dezembro, contratou 76.516 e demitiu 69.066, saldo positivo de 7.450.
A construção civil fechou março com superávit de 73 carteiras assinadas, fruto de 1.020 admissões e 947 demissões. No primeiro trimestre, contratou 2.800 e dispensou 2.547, superávit de 253. Entre janeiro e dezembro, contratou 10.473 e demitiu 10.544, déficit de 71 vagas.
A indústria admitiu 945 trabalhadores e demitiu 908 em março, com saldo positivo de 37 empregos formais. Nos três primeiros meses, admitiu 2.945 e demitiu 2.402, superávit de 543. No ano passado inteiro, contratou 10.568 e demitiu 9.187, superávit de 1.381.
A agropecuária admitiu 53 funcionários e dispensou 37, saldo positivo de 16 vagas a mais em março. No primeiro trimestre, contratou 134 e dispensou 97, superávit de 37. No ano passado, contratou 411 e demitiu 410, superávit de apenas um emprego com carteira assinada.