Nesta quarta-feira, 28 de abril, a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia divulgou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com a pasta, a economia de Ribeirão Preto fechou março com saldo de 485 novas vagas de emprego com carteira assinada, o nono superávit seguido desde julho do ano passado.
O resultado de março, fruto de 8.597 admissões e 8.112 demissões, é 128,1% superior ao déficit de 1.723 do mesmo mês do ano passado, o primeiro da pandemia de coronavírus, quando a economia ribeirão-pretana contratou 8.909 pessoas e dispensou 10.532. São 2.208 postos de trabalho a mais em 2021.
Porém, na comparação com o saldo de 1.638 novos empregos com carteira assinada de fevereiro deste ano (fruto de 9.503 contratações e 7.865 rescisões), houve queda de 70,4% e março, com o fechamento de 1.153 vagas.
O resultado também é o melhor para o mês desde 2013, quando o saldo foi de 818 vagas (10.666 admissões e 9.848 demissões), o resultado mais significativo em dez anos, desde 2012. O maior superávit da série é de 2010, de 1.375 postos de trabalho (9.595 contratações e 8.220 rescisões).
O pior dos últimos dez anos ocorreu em março de 2016, quando a economia ribeirão-pretana registrou déficit de 1.082 postos de trabalho com carteira assinada, com 7.377 contratações e 8.459 rescisões. No primeiro trimestre deste ano, a cidade contabiliza superávit de 3.338 empregos formais (27.126 contratações e 23.788 demissões), contra apenas saldo de 29 dos três primeiros meses de 2020 (27.441 admissões e 27.412 demissões).
O aumento em 2021 passa de 11.000%, com a abertura de 3.309 vagas a mais. Nos últimos dez anos, o melhor resultado para o período dos três primeiros meses ocorreu em 2012, com superávit de 4.081 empregos formais (31.888 admissões e 27.807 demissões). O pior desempenho é de 2016, com déficit de 511 postos de trabalho (23.279 contratações e 23.790 rescisões)
Ribeirão Preto também conseguiu reverter o saldo negativo da pandemia. Nos últimos doze meses, entre abril de 2020 e março deste ano, período das restrições impostas pela quarentena, a cidade contratou 89.126 pessoas e demitiu 86.161, superávit de 2.965 vagas.
O melhor resultado para o período em dez anos ocorreu em 2012, com saldo de 12.963 empregos (120.616 admissões e 107.653 demissões). O pior déficit é de 2016, de 7.265 carteiras assinadas a menos (91.801 contratações e 99.066 rescisões). O maior superávit da série pertence a 2011, de 14.231 vagas (110.680 novos empregados e 96.449 demitidos).
Os dados do Caged são atualizados todo mês, por isso há divergências em relação às informações mensais divulgadas anteriormente. O Ministério da Economia alterou o sistema de divulgação de dados e faz ajustes mensais. Os números mudam todo mês.
No ano passado, Ribeirão Preto também registrou superávit em janeiro (465), fevereiro (1.287), julho (401), agosto (869), setembro (1.509), outubro (2.119), novembro (2.922, o melhor resultado de 2020) e dezembro (419). Os déficits ocorreram em março (-1.723 vagas), abril (-5.507, o maior rombo da história para o mês), maio (-2.727) e junho (-378).
Ribeirão Preto fechou o ano de 2020 com déficit de 344 vagas de emprego formal, resultado de 89.441 admissões e 89.785 demissões. Em comparação com 2019, quando a economia local registrou superávit de 3.260 carteiras assinadas (99.483 contratações e 96.223 rescisões), a queda chega a 110,5% e menos 3.604 postos. O superávit de 2019 foi o quarto resultado mais expressivo do estado. Ficou atrás da capital (80.831), Barueri (7.546) e Suzano (4.917).
Salário
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada passou de R$ 1.741,89, em fevereiro, para R$ 1.802,65 em março.
Saldo de emprego por setores em RP
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, em Ribeirão Preto, das cinco principais atividades econômicas da cidade, apenas o comércio fechou março com déficit de vagas de emprego formal. Serviços, indústria, construção civil e agropecuária registraram superávit.
O comércio fechou março com saldo negativo de 150 postos de trabalho, fruto de 1.995 admissões e 2.145 demissões. No trimestre, contratou 6.688 e demitiu 6.714, déficit de 26. Nos últimos doze meses, o superávit foi de 132 vagas, fruto de 23.452 admissões e 23.320 demissões.
O setor de serviços registrou 5.074 contratações e 4.778 rescisões, superávit de 296 empregos formais. No trimestre, contratou 15.290 e demitiu 13.666, saldo positivo de 1.624. Em doze meses, foram 49.181 contratações e 48.644 rescisões, superávit de 537 empregos formais.
A indústria admitiu 688 trabalhadores e demitiu 592, com saldo positivo de 96 empregos formais. No trimestre, contratou 2.451 e demitiu 1.729, superávit de 722. Em doze meses, contratou 8.013 funcionários e rescindiu o contrato de 6.743, superávit de 1.270 vagas.
A construção civil fechou março com superávit de 243 carteiras assinadas, fruto de 822 admissões e 579 demissões. No trimestre, contratou 2.629 e demitiu 1.633, saldo positivo de 996. Em doze meses, o saldo positivo chega a 1.008, resultado de 8.206 contratações e 7.198 rescisões.
A agropecuária admitiu 18 funcionários e dispensou a mesma quantidade, sem alteração em março. No trimestre, contratou 68 e demitiu 46, superávit de 22. Em doze meses, contratou 274 pessoas e dispensou 256, saldo de 18 novos contratos.