A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professora Dercy Célia Seixas Ferrari, no Jardim Juliana, na Zona Leste de Ribeirão Preto, será a primeira da rede pública de ensino do município a substituir a energia elétrica convencional pela fotovoltaica, baseada na utilização de painéis solares que captam a luz e geram energia.
A licitação para a contratação da empresa responsável pela instalação foi concluída na terça-feira, 15 de março, e a instalação deverá ser concluída até o segundo semestre. A vencedora é a FM Engenharia Elétrica Eireli. Será contratada por R$ 101.300 e a ordem de serviço deverá ser assinada pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB) nos próximos dias.
A Secretaria Municipal da Educação também quer instalar a captação de energia solar em outras 109 unidades escolares municipais. As licitações para a contratação dos projetos executivos devem ser feitas até o final do ano. No caso da Emef Professora Dercy Célia Seixas Ferrari, não foi necessária a elaboração de um projeto executivo.
O prédio já tem condições estruturais e técnicas para receber as placas de captação de energia solar. A informação é da Secretaria Municipal da Educação, com base em relatório de engenheiros e técnicos da prefeitura. A escola tem 730 alunos e já desenvolve uma série de ações sustentáveis com o objetivo de despertar a conscientização ambiental.
Entre elas, a coleta de água das chuvas e do ar-condicionado e torneiras com temporizador. Também participa do “projeto de verdejamento” do Programa Ribeirão -3 graus, cujo objetivo é reduzir a temperatura em 3 graus Celsius na cidade até 2030. Prevê o plantio de árvores nas unidades escolares municipais.
Obrigatoriedade
Projeto de lei em análise na Câmara de Vereadores quer obrigar a prefeitura de Ribeirão Preto a instalar, nas futuras edificações da administração direta e da indireta, sistema da captação de energia fotovoltaica. A proposta partiu de Judetti Zilli, do Coletivo Popular do PT, e pretende criar uma plataforma de implantação de fonte de energia renovável no município.
Atualmente, o projeto tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCXJ) do Legislativo. Segundo a vereadora, a Constituição Federal garante, no artigo 225, que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Cabe aos governos municipais, estaduais e federal a criação de instrumentos e plataformas para promover o desenvolvimento sem comprometer os seus recursos naturais e sem privar esses recursos às futuras gerações. A Câmara começou a implementar a energia fotovoltaica no Palácio Antônio Machado Sant’Anna, sede do Legislativo, e no Edifício Jornalista José Wilson Toni, o popular anexo.
A empresa MS Automação e Elétrica (ProfiEng) vai elaborar o projeto executivo por R$ 36.890. A previsão é que sejam investidos cerca de R$ 1,5 milhão na implantação do sistema de captação. No prédio anexo, por ser novo, as placas fotovoltaicas deverão ser instaladas sobre a cobertura.
Já no palácio, por ser antigo, será realizado um estudo para verificar se tem capacidade para suportar o peso das placas. Caso isso seja inviável, serão instaladas sobre os estacionamentos principal e lateral da Câmara e funcionarão como uma espécie de cobertura para os veículos. Atualmente, a Câmara gasta com energia elétrica cerca de R$ 1,2 milhão por ano o que faria com que o investimento na substituição seja pago em pouco tempo.