Tribuna Ribeirão
Política

Emef será a primeira da cidade com energia solar

ALFREDO RISK

A Escola Municipal de Ensi­no Fundamental (Emef) Profes­sora Dercy Célia Seixas Ferrari, no Jardim Juliana, na Zona Leste de Ribeirão Preto, será a primei­ra da rede pública de ensino do município a substituir a energia elétrica convencional pela foto­voltaica, baseada na utilização de painéis solares que captam a luz e geram energia.

A licitação para a contra­tação da empresa responsável pela instalação foi concluída na terça-feira, 15 de março, e a instalação deverá ser conclu­ída até o segundo semestre. A vencedora é a FM Engenharia Elétrica Eireli. Será contrata­da por R$ 101.300 e a ordem de serviço deverá ser assinada pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB) nos próximos dias.

A Secretaria Municipal da Educação também quer instalar a captação de energia solar em outras 109 unidades escolares municipais. As licitações para a contratação dos projetos execu­tivos devem ser feitas até o final do ano. No caso da Emef Profes­sora Dercy Célia Seixas Ferrari, não foi necessária a elaboração de um projeto executivo.

O prédio já tem condições es­truturais e técnicas para receber as placas de captação de energia solar. A informação é da Secreta­ria Municipal da Educação, com base em relatório de engenheiros e técnicos da prefeitura. A escola tem 730 alunos e já desenvolve uma série de ações sustentáveis com o objetivo de despertar a conscientização ambiental.

Entre elas, a coleta de água das chuvas e do ar-condicionado e torneiras com temporizador. Também participa do “projeto de verdejamento” do Programa Ribeirão -3 graus, cujo objetivo é reduzir a temperatura em 3 graus Celsius na cidade até 2030. Prevê o plantio de árvores nas unidades escolares municipais.

Obrigatoriedade
Projeto de lei em análise na Câmara de Vereadores quer obrigar a prefeitura de Ribeirão Preto a instalar, nas futuras edifi­cações da administração direta e da indireta, sistema da captação de energia fotovoltaica. A pro­posta partiu de Judetti Zilli, do Coletivo Popular do PT, e pre­tende criar uma plataforma de implantação de fonte de energia renovável no município.

Atualmente, o projeto trami­ta na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCXJ) do Le­gislativo. Segundo a vereadora, a Constituição Federal garante, no artigo 225, que “todos têm direi­to ao meio ambiente ecologica­mente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida, impon­do-se ao Poder Público e à cole­tividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Cabe aos governos munici­pais, estaduais e federal a criação de instrumentos e plataformas para promover o desenvolvi­mento sem comprometer os seus recursos naturais e sem privar esses recursos às futuras gera­ções. A Câmara começou a im­plementar a energia fotovoltaica no Palácio Antônio Machado Sant’Anna, sede do Legislativo, e no Edifício Jornalista José Wil­son Toni, o popular anexo.

A empresa MS Automação e Elétrica (ProfiEng) vai ela­borar o projeto executivo por R$ 36.890. A previsão é que sejam investidos cerca de R$ 1,5 milhão na implantação do sistema de captação. No prédio anexo, por ser novo, as placas fotovoltaicas deverão ser insta­ladas sobre a cobertura.

Já no palácio, por ser anti­go, será realizado um estudo para verificar se tem capaci­dade para suportar o peso das placas. Caso isso seja inviável, serão instaladas sobre os esta­cionamentos principal e late­ral da Câmara e funcionarão como uma espécie de cobertu­ra para os veículos. Atualmen­te, a Câmara gasta com energia elétrica cerca de R$ 1,2 milhão por ano o que faria com que o investimento na substituição seja pago em pouco tempo.

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