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Embaixada de Israel – Netanyahu estará na posse de Bolsonaro

O primeiro-ministro de Isra­el, Binyamin Netanyahu, deverá participar da cerimônia de posse do presidente eleito, Jair Bolso­naro, de acordo com a Embai­xada de Israel. A informação veio um dia depois de a própria embaixada informar que ele vi­ria nesta semana ao Brasil, mas provavelmente não ficaria até o dia 1.º por problemas na política interna de seu país. Netanyahu teria mudado de ideia nesta quarta-feira, 26.

Bolsonaro usou sua conta no Twitter para informar que vai se reunir com o israelense na sexta-feira, dia 28. Eles vão almoçar juntos no Forte de Copacabana, no Rio.

Israel é um parceiro estra­tégico para o novo governo do Brasil. Também pelo Twitter, Bolsonaro informou que, em janeiro, o futuro ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, visitará estações de des­salinização de água, plantações e o escritório de patentes de Israel. “A parceria Brasil-Israel que be­neficiará o nosso Nordeste está muito bem encaminhada”, es­creveu o presidente eleito.

Uma estação piloto, que atenderá à agricultura familiar, deve estar em operação ainda em janeiro, afirmou Bolsona­ro. Também poderá ser usada tecnologia para extrair água da umidade do ar. “Poderemos, in­clusive, negociar a instalação de fábrica no Nordeste para venda desses equipamentos no nosso mercado”, disse.

Durante a campanha, Bol­sonaro prometeu mudar a em­baixada do Brasil de Tel-Aviv para Jerusalém, reconhecendo a reivindicação de Israel sobre a cidade. O anúncio causou polêmica no Brasil e na pró­pria equipe do futuro governo, uma vez que ela se choca com o posicionamento dos países árabes, que apoiam Israel, e com deliberações da ONU. Os países árabes são um mercado de US$ 13 bilhões por ano e importam principalmente pro­dutos do agronegócio como açúcar e carnes.

A vinda de Netanyahu está sob ameaça porque os líderes dos partidos da coalizão gover­nista fecharam um acordo para dissolver o Parlamento e reali­zar novas eleições em abril do próximo ano. Essa medida foi necessária depois que a coali­zão não conseguiu apoio para aprovar uma legislação que convoca judeus ultraortodoxos para o serviço militar.

O atual primeiro-ministro vai concorrer a um novo man­dato e, segundo as pesquisas, é líder na intenção de votos. Seu mandato acabaria em novem­bro de 2019. Ele está há uma década no poder.

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