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Em Ribeirão Preto, Castroneves revê amigos e comenta tentativa de expansão televisiva da Fórmula Indy

ALFREDO RISK/JORNAL TRIBUNA

Quatro vezes campeão das 500 milhas de Indianápolis e um dos nomes mais respei­tados da história da Fórmula Indy. Esse é Hélio Castrone­ves, renomado piloto de uma das principais categorias do automobilismo mundial. Re­conhecido em todo o planeta, Castroneves tem uma relação especial com Ribeirão Preto, cidade onde cresceu e viveu por muitos anos.

De férias, o piloto apro­veitou para rever amigos e familiares, além de partici­par de uma palestra no Lide Ribeirão Preto, organização que reúne grandes empre­sários da cidade e da região para debater o fortalecimen­to da livre iniciativa do de­senvolvimento econômico e social, assim como a defesa dos princípios éticos de go­vernança corporativa no se­tor público e privado.

No evento, Castroneves relembrou momentos em Ri­beirão Preto e se disse espan­tado com o desenvolvimento da cidade que, em sua visão, evoluiu muito.

“Eu fiquei espantando e surpreso com o crescimen­to da cidade. Não reconheci muitas coisas. Hoje estou tra­zendo minha filha, que veio pra cá quando ainda tinha três meses. Estou mostrando para ela o lugar onde eu cres­ci e tudo aconteceu através desta cidade. É muito legal rever todo mundo”, afirmou.

Atualmente, a Fórmula Indy é transmitida pela TV Cultura. Existem negociações em andamento para que a ca­tegoria faça parte do leque de atrações de um dos principais aplicativos de streaming do mundo, com disponibilida­de de acesso no Brasil. Cas­troneves avaliou a investida da categoria na expansão da marca através da tecnologia.

“A molecada de hoje não assiste mais televisão. É só ce­lular, Ipad, computador. Ten­do a oportunidade de ter a ca­tegoria numa plataforma de streaming você vai ter muito mais gente podendo assistir a uma corrida de qualquer lugar em que ele estiver. Se­ria importante a gente chegar logo neste nível, para poder seguir inspirando muita gen­te. Com a tecnologia de hoje, com os aplicativos de trans­porte, existe até um desinte­resse por dirigir carros e isso é ruim. Eu espero que essa conexão com os aplicativos aumente ainda a vontade dos jovens de acompanhar o au­tomobilismo”, analisou.

Castroneves foi piloto da Penske, uma das principais equipes da Fórmula Indy, durante mais de 20 anos. Agora ele está na Meyer Shank Racing. Por lá, ele vai voltar a fazer uma tempo­rada completa na categoria, o que não acontece desde 2017. Foi por esta equipe que ele venceu pela quarta vez em Indianápolis.

“Foi interessante. Fiquei na Penske por mais de 20 anos e eu fui para uma equi­pe muito pequena, que nunca tinha vencido e a gente teve a oportunidade de vencer as 500 milhas. Foi minha quarta vitória, e nós só fizemos seis corridas esse ano. Somente quatro pilotos venceram In­dianápolis quatro vezes. E es­tamos falando de 105 anos. É impressionante o que fizemos esse ano, eu digo nós porque eu não posso fazer isso sem uma grande equipe”, disse Castroneves, que se juntou ao seleto grupo de tetracam­peões que tem A.J. Foyt, Al Unser e Rick Mears, em en­trevista à EPTV.

Com um calendário com­pleto pela frente, o veterano piloto de 46 anos sabe que a cobrança será maior do que nos últimos anos, quando fez apenas corridas pontuais.

“Agora vamos nos prepa­rar para uma temporada in­teira, com mecânicos novos, tem uma mudança interes­sante nessa equipe, e obvia­mente estamos empolgados, como a equipe não tinha ven­cido ainda, agora pode dizer que venceu e a cobrança será maior”, disse.

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