Um dos responsáveis pela reformulação no elenco do Botafogo, o executivo de futebol Toninho Cecílio explicou as movimentações do Pantera nas últimas semanas. Ao todo, 13 atletas deixaram o Estádio Santa Cruz e oito foram contratados vindos de outros clubes.
Segundo Cecílio, os reforços foram trazidos, inicialmente, de olho no Campeonato Paulista, importante, além do âmbito esportivo, para os cofres tricolores.
“Eu acho que o começo de uma montagem sempre tem de vir, obrigatoriamente, da análise do que você vai disputar, vivenciar e características do que vai disputar. O Paulistão é um torneio muito valoroso, paga por jogo mais que a Série B, é muito importante para o clube subsistir, ser lucrativo. (…) São 12 partidas em 39 dias. Precisa ter determinado perfil de atleta.”
Entre as características buscadas pela diretoria e pela comissão técnica, a garra dentro de campo é a principal. Em seu primeiro ano completo no Botafogo, Toninho Cecílio buscou força física.
“Quando você monta o time, está no controle do que vai ver em campo. Quando chega na metade, não tem. Queremos ver uma equipe que venda caro qualquer resultado negativo, que se entregue em campo, uma equipe madura, que não vá se acovardar nos desafios contra qualquer adversário, que honra a camisa. Mas também queremos um time rápido, com força, que ocupe espaço. Tudo isso precisa ser encaixado”, disse o dirigente, que acredita ter encontrado essas características em jogadores mais rodados.
“Precisamos ter jogadores experientes. É fundamental, [eles] reagem melhor às dificuldades, [isso] impacta o jogador mais jovem, o jogador da base encontra respaldo e referência. Os atletas com carreira mais sólida têm de ser sólidos no caráter. Tem de ter perfil de líder, como já tínhamos aqui e queremos aumentar esse tipo de jogador com experiência, liderança, que sente a derrota. Queremos um time que se entregue na temporada inteira”, completou.
A campanha botafoguense no Paulistão começa no próximo dia 15 de janeiro, fora de casa, contra o Guarani.