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Em pior momento no Corinthians, Luan contrata profissionais para reagir em campo

RODRIGO COCA/AGÊNCIA CORINTHIANS

O meia-atacante Luan vive seu pior momento no Corin­thians. Faz quatro jogos que não sai do banco de reservas. Ao mesmo tempo, também é o período em que está mais empenhado em dar a volta por cima na carreira. Além dos treinos junto ao elenco, ele contratou preparador físi­co, fisioterapeuta, endocrino­logista e até uma cozinheira para tentar recuperar o fute­bol que o levou para a seleção brasileira tempos atrás.

Parte da torcida alvinegra já perdeu a esperança (e a pa­ciência) com o jogador. Nos últimos jogos transmitido pela TV Globo, como forma de protesto, a Fiel elegeu Luan como o melhor atleta das par­tidas em que o próprio nem havia entrado em campo.

Luan e a diretoria nunca esconderam que a contrata­ção era uma aposta e seria ne­cessário paciência para adap­tação. Uma aposta bem cara, é verdade, para um clube com dívida na casa do bilhão de reais. Em janeiro do ano pas­sado, o Corinthians aprovei­tou que o meia-atacante havia perdido espaço no Grêmio e adquiriu 50% dos seus direi­tos por R$ 28,95 milhões – a informação consta no balanço financeiro do clube.

O valor investido era uma tentativa de recuperar aquele jogador que foi fundamental para a conquista da inédita medalha de ouro para a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e também líder do Grêmio na conquista da Copa Libertadores de 2017 – no ano seguinte, ele ainda recebeu do jornal El Pais o prêmio Rei da América, de melhor jogador do continente.

Mas os últimos anos foram complicados para o jogador dentro de campo. De titular absoluto no Grêmio foi para a reserva e acabou sendo ne­gociado. No Corinthians, che­gou como principal reforço e era para ser a principal refe­rência ofensiva do time então comandado por Tiago Nunes. Mas não deu certo e ele tam­bém foi perdendo espaço. Vieram outros treinadores que também deram chances para Luan entre os titulares. Não rendeu com Dyego Co­elho, Vagner Mancini e agora com Sylvinho. Foram 66 par­tidas disputadas pelo Corin­thians até aqui e 11 gols. Neste ano, entrou em campo por 22 vezes e balançou as redes so­mente em quatro oportunida­des. Nos últimos quatro jogos ficou na reserva.

As chances de Luan reto­mar a posição diminuíram também após as contratações de Giuliano e Renato Augus­to. Jogadores experientes, como ele, e que precisarão de atletas mais jovens para atu­ar ao lado, especialmente no início, quando falta à nova dupla ritmo de jogo.

Mas o que poderia ser uma sequência de acontecimentos ruins, para Luan, pode ser uma oportunidade de reviravolta na carreira. O jogador sabe que com Renato Augusto e Giu­liano a bola vai chegar melhor, terá mais opções para criar jo­gadas. Por isso ele pediu para conversar com o técnico Sylvi­nho. Contou sobre sua nova ro­tina, a dedicação redobrada aos treinos e à saúde. O trabalho à parte é diário e conta com ajuda de dois profissionais do Corin­thians, o preparador físico Fla­vio de Oliveira e o fisioterapeu­ta Luciano Rosa. Os encontros com a endocrinologista Elaine Ferraz são semanais.

O contrato dele com o clube vai até o fim de 2023. Luan tem aí pouco mais de um ano para tentar fazer com que esse sonho termine com um final feliz.

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