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Em Favor de um Pacto Municipal

O Município de Ribeirão Preto, assim como tantos outros no Brasil, sofre com o desajuste fiscal de anos de desgoverno.

Despesas aumentam, investimentos são adiados ou se tornam nulos e vem à tona a falta de serviços públicos de qualidade, prejudicando a vida do munícipe.

Se por um lado, as crises trazem um certo desalento, por outro podem ser uma boa opor­tunidade para uma boa virada, ou como se diz no mundo dos negócios, um “turn around”.

É isso que estamos propondo aos governan­tes de Ribeirão Preto, especialmente ao Executi­vo e ao Legislativo, nas pessoas do Prefeito e do presidente da Câmara.

Um “Pacto Municipal” pela redução das des­pesas públicas, pela maior eficiência na gestão, gerando recursos por mais investimentos.

Certamente esta é a chave para iniciarmos em Ribeirão Preto um movimento a ser replica­do pelo país.

Para ser implementada, esta ação depende apenas da vontade política e motivação pela causa pública em favor do bem comum.

Temos hoje uma sociedade ansiosa por mu­danças que sejam consistentes e que está mais vigilante quanto aos atos dos governantes.

Ribeirão tem um orçamento de R$ 2.888.565,00, sendo considerado a 25ª maior economia dentre todos os municípios do País segundo o IBGE.

Essa condição, porém, não nos dá tranquili­dade para um futuro próximo diante da neces­sidade de rever distorções graves do passado e que persistem até os dias de hoje com uma visão temerária sobre o cumprimento de obrigações futuras que, devidamente projetadas, colocam em risco as receitas do nosso Município.

Sabemos que alguns passos importantes já foram dados pelo Executivo no saneamento das contas, mas ainda há muito por fazer, e que envolve: a revisão de contas futuras; o controle das despesas e o ganho de eficiência nas ações; a criação de mecanismo de controle das finanças públicas e da gestão; o combate ostensivo ao risco de abusos, desvios e a corrupção; a corre­ção de distorções; enfim, a implementação de um sistema de Governança que permita inibir a prodigalidade dos gastos públicos e a proje­ção futura dos resultados econômicos de nossa cidade para que a peça orçamentária não seja mais vista como um protocolo burocrático e a gestão se realize com o pensamento de preven­ção às gestões futuras.

Importante ressaltar, nesse contexto, que a cidade de Ribeirão Preto deve ser administrada sob um Planejamento de Longo Prazo, resguar­dando melhor qualidade de vida às gerações futuras e a preservação de sua capacidade eco­nômica para patrocinar um serviço público de qualidade e para que tenha recursos suficientes para investimentos em infraestrutura que su­porte um desenvolvimento sadio e sustentável. Tudo para que os projetos e investimentos este­jam comprometidos com um resultado futuro que não seja frustrado em virtude da troca do Prefeito a cada 4(quatro) anos, balizando suas realizações numa gestão pública eficiente e não em princípios ideológicos partidários.

Zelando para uma gestão pública compro­metida com o cidadão e as futuras gerações, cujo objetivo é a melhoria dos serviços públicos e o desenvolvimento econômico do Município, garantiríamos o fortalecimento da implantação de Políticas Públicas junto a grupos e núcleos qualificados da sociedade a fim de se evitar a des­continuidade decorrente das transições entre uma gestão e outra. O foco seria o crescimento econô­mico e de qualidade da gestão pública somente.

Cidade sede de uma região metropolitana extremamente pujante e empreendedora não pode ficar assistindo ao definhamento de suas estruturas em geral.
Vamos renovar nossas atitudes!

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