Tribuna Ribeirão
Cultura

Em entrevista a Lázaro Ramos para o “Espelho”, Lewis Hamilton fala sobre racismo e sua relação com Ayrton Senna

Programa vai ao ar na segunda-feira, às 23h30, no Canal Brasil e, na véspera, o “Fantástico” exibe um trecho da entrevista

A atração faz parte da programação dedicada ao Mês da Consciência Negra que o canal tem exibido em novembro

Lázaro Ramos entrevistou, com exclusividade para o programa “Espelho”, do Canal Brasil, o piloto britânico Lewis Hamilton, que no último domingo ganhou mais um título mundial, o sétimo de sua carreira. Na entrevista, que vai ao ar segunda-feira, dia 23/11, às 23h30 – na véspera, domingo, dia 22/11, o “Fantástico” exibe um trecho –, Hamilton falou sobre como é ser o primeiro piloto negro em uma corrida de Fórmula 1, sua relação com seu pai, o preço que paga por se posicionar sobre racismo e violência, sua relação com o Brasil e com o Ayrton Senna.

“Eu costumava passar os fins de semana com o meu pai quando eu era criança, e o Ayrton era meu piloto favorito. Eu costumava pedir qualquer coisa do Ayrton para o Natal: capacetes, carrinhos, vídeos e livros. Para o Natal e para os meus aniversários, eu ganhava vídeos e documentários do Ayrton. Eu lembro de chegar em casa e todo dia colocar vídeos do Ayrton. Eu gostava de ver como ele dirigia, como ele trocava as marchas. Quando eu tinha 13 anos, eu fui à McLaren e consegui ver o carro dele. Eu lembro de tocar o volante, o cinto de segurança, sonhando e pensando “isso é o mais perto que eu cheguei ao Ayrton”. Quando eu fui ao Brasil para correr em 2007, eu senti a presença dele o tempo todo. Os desenhos na estrada, as bandeiras. E quando a família dele me honrou com o capacete dele, foi um dos meus melhores momentos. Eu tenho ele na minha casa e é uma das minhas posses que não têm preço”, contou.

Ao ser questionado sobre se ele imagina como suas conquistas são importantes na luta contra o racismo, Hamilton respondeu: “Neste ano, eu percebi que eu tenho que estar na frente, no topo do pódio, levantar meu punho e levantar a bandeira contra o racismo, minha voz, e espalhar conhecimento em questões e forçar mudanças. Tem acontecido essas reações e essas conversas e no esporte nós estamos lutando pelos direitos humanos. Eu tinha noção, era uma coisa consciente pra mim e da qual eu queria fazer parte. Eu não queria apenas ganhar esse campeonato. Se eu conseguir mudar o pensamento ou o jeito em que uma pessoa olha para o futuro, isso aqueceria meu coração”.

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