A história de sete anos, três títulos nacionais e 274 jogos pelo Palmeiras terminou nesta terça-feira (10) para Fernando Prass. O goleiro de 41 anos concedeu entrevista coletiva na Academia de Futebol para selar a despedida do clube após não ter o contrato renovado. Durante a conversa com os jornalistas, ele garantiu que ainda não sabe onde vai jogar em 2020 e apontou o ex-diretor de futebol Alexandre Mattos como o responsável pela sua saída.
O dirigente esteve no comando do departamento de futebol entre 2015 até o início de dezembro deste ano, quando foi demitido juntamente com o técnico Mano Menezes ao fim de uma derrota para o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro. Prass afirmou que já esperava a saída, pois avaliou que o Palmeiras teria preferência para manter os goleiros Jailson e Weverton.
“O antigo diretor (Alexandre Mattos) teve uma estratégia contratual que deixou meu destino selado. Pelo que se criou, eu mesmo achei que não tinha muitas possibilidades de eu permanecer aqui. Porque a última coisa que eu quero também é atrapalhar qualquer planejamento do clube”, disse o goleiro. “A minha não permanência foi muito mais uma questão administrativa do que técnica”, completou.
O Palmeiras anunciou a saída de Prass no sábado de manhã e no mesmo dia o goleiro publicou nas redes sociais que o adeus não era do jeito esperado. Apesar de evitar criticar o clube, o jogador demonstrou que ficou desapontado com informações desencontradas. Como exemplo, ele cita que enquanto a diretoria negava que Jailson tinha contrato para ficar no time em 2020, o próprio colega confirmou que já tinha vínculo assinado. “O planejamento que o Palmeiras me passou é de que, dos dois goleiros, um deles ficaria. Dois grandes goleiros, um tendo contrato, o outro não tendo, é muito dedutível, é fácil de se deduzir qual a probabilidade de um e de outro”, comentou o goleiro. Prass descarta se aposentar e promete que só agora vai começar a analisar propostas de novos clubes.
No adeus, Prass ressaltou a identificação com a torcida e recebeu uma placa de agradecimento entregue pelo presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte. “Embora a gente seja profissional, remunerado para isso, esse carinho da torcida é absurdo. Porque com dinheiro tu compra praticamente tudo, mas esse respeito, essa admiração, não compra. As demonstrações de carinho que recebi a partir de sábado, quando falei que iria sair, me surpreenderam”, afirmou.