Ribeirão Preto tem 449.615 eleitores aptos a votar em outubro deste ano, segundo dados de fevereiro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A quantidade de pessoas que poderão escolher presidente da República, governador, senador, deputado federal e estadual é 1,76% superior ao eleitorado do último pleito municipal, de 2020, quando 441.845 ribeirão-pretanos foram às urnas escolher prefeito e vereadores – são 7.770 a mais.
Em relação a 2018
Também está 1,47% acima dos 443.096 eleitores que votaram nas últimas eleições de 2018, quando o Brasil foi às urnas para eleger presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. São 6.519 a mais este ano. Deste total de 449.615 pessoas aptas a votar em outubro, 280.911 aderiram à biometria, número que representa 62,48% do eleitorado local.
Sexo e faixa etária
O TSE ainda não atualizou os dados por sexo e faixa etária. As informações mais recentes são de 2020. Na época, as mulheres formavam a maioria do eleitorado ribeirão-pretano. Eram 238.219 eleitoras (53,91%), 203.444 homens (46,04%) e 182 que não informaram o sexo (0,05%).
Segundo os dados de 2020, o país tinha 147.918.483 eleitores com direito a voto. Em São Paulo, o eleitorado avançou para 33.565.294 no mesmo ano. O Tribunal Superior Eleitoral informou que entre os dias 14 e 18 de março foram emitidos 96.425 novos títulos de eleitor, em todo o Brasil e no exterior, para jovens entre 15 e 18 anos de idade.
Jovens
Para votar na eleição de outubro, é preciso emitir o documento até 4 de maio. O procedimento pode ser feito inteiramente online. As novas emissões ocorreram durante uma semana de mobilização dos jovens promovida pela Justiça Eleitoral nas redes sociais, e que contou com a adesão de diversas personalidades.
A lista inclui artistas nacionais como Anitta, Zeca Pagodinho, Whindersson Nunes, Juliette e também internacionais, como o ator norte-americano Mark Ruffalo. Segundo informações da Justiça Eleitoral, foram realizadas 6,8 mil publicações no Twitter sobre o assunto durante a mobilização, que contou com a participação ainda de diversas instituições, incluindo clubes de futebol como Flamengo e Corinthians.
Baixa participação
A mobilização ocorre em um momento em que a Justiça Eleitoral registra o menor nível de participação de adolescentes no processo eleitoral dos últimos 30 anos. De acordo com as estatísticas oficiais, até janeiro deste ano o TSE havia registrado pouco mais de 730 mil títulos emitidos para jovens de 15 a 17 anos de idade, cujo voto é facultativo.
O menor nível de participação de adolescentes já registrado ocorreu nas eleições municipais de 2020, quando a emissão do título de eleitor caiu drasticamente para essa faixa etária e apenas 992 mil jovens tinham o documento no dia da votação. Quatro anos antes, em 2016, o número era de 2,3 milhões.
Na última eleição presidencial, em 2018, cerca de 1,4 milhão de jovens entre 15 e 17 anos tinham o título, menor nível para as eleições gerais desde 1992, quando mais de 3,2 milhões de jovens estiveram aptos a votar. Durante a semana de mobilização, o maior número dos títulos emitidos pela primeira vez foi para o público com 18 anos de idade, faixa etária que já é abarcada pelo voto obrigatório, com a emissão de 35.522 documentos.
No mesmo período, foram emitidos também 33.582 títulos para adolescentes de 17 anos de idade, 22.934 para quem tem 16 anos de idade e ainda 4.387 títulos para jovens de 15 anos de idade, mas que completam 16 anos antes do primeiro turno de votação, em 2 de outubro.
A maior procura se deu por parte do público feminino, com 52.561 solicitações, enquanto 43.864 buscaram a emissão do título de eleitor. O estado com o maior número de emissões foi São Paulo (18.186), seguido por Minas Gerais (9.050) e Bahia (7.083).
Eleitorado recua 7,48% na RMRP
Na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, em fevereiro deste ano as 34 cidades tinham 1.082.123 eleitores, queda de 7,48% e 87.596 a menos que os 1.169.719 de 2020, segundo os dados das “Estatísticas do Eleitorado”, publicados no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Tribuna questionou a Corte Eleitoral, por e-mail, para saber quais motivos geraram essa queda no número de eleitores. Segundo o TSE, “a quantidade de títulos pode variar por alguns fatores, como transferências, cancelamento (por falecimento ou ausência a três pleitos seguidos, por exemplo) e revisão do eleitorado. Não há falha na divulgação dos dados.”
Ressalta que é importante destacar que, para as eleições de 2022, a data limite para a habilitação de novos eleitores e regularização dos títulos é 4 de maio. “Portanto, ainda não podemos afirmar, com exatidão, quantos serão os eleitores que poderão votar em outubro.”
Nas eleições de 2018, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, quatro cidades da Região Metropolitana tiveram votação biométrica: Altinópolis, Santa Rita do Passa Quatro, Santo Antônio da Alegria e Tambaú. Em Ribeirão Preto, a biometria não é obrigatória. Em 2020, por causa das restrições causadas pela pandemia de coronavírus, o cadastro biométrico foi suspenso. Eleitor sem adesão ao sistema também poderá votar em 2022.