O parecer final sobre a doação da elefanta Bambi, do Bosque e Zoológico Municipal Doutor Fábio de Sá Barreto, em Ribeirão Preto, para o Santuário dos Elefantes da Chapada dos Guimarães, no Estado do Mato Grosso, será dado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo, através do Departamento de Fauna.
O pedido de autorização para a transferência está sendo analisado a partir de solicitação do zoológico de Ribeirão Preto e do santuário mato-grossense, informou a secretaria paulista nesta quinta-feira, 24 de janeiro. O Tribuna apurou que o parecer não tem data para ser expedido, mas deverá ser favorável por três motivos.
O primeiro diz respeito à disposição da prefeitura de Ribeirão Preto em doar o animal. O segundo, pelo fato de o Santuário dos Elefantes estar adequado às exigências técnicas e à legislação que regulamenta a preservação dos animais em cativeiro. O terceiro motivo seriam os problemas de convivência que Bambi tem com a aliá Maisom, que dividem o mesmo recinto no zoo ribeirão-pretano.
Como conseqüência, quando uma é colocada no recinto externo para tomar sol, a outra precisa obrigatoriamente ficar presa em outra ala do Bosque Fábio Barreto. O Santuário dos Elefantes também quer, posteriormente, levar a outra aliá em doação.
A elefanta Bambi chegou ao Bosque Fábio Barreto em 23 de julho de 2014. Indiana, ela veio do zoológico municipal da cidade de Leme (SP) por determinação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo. Na época, a pasta considerou o local e o espaço em que ela vivia inadequados. Antes, Bambi pertencia ao Circo Stankowich. Com quatro toneladas e três metros de altura, ela tem 40 anos.
A elefanta Maison vaio para Ribeirão Preto em 17 de outubro de 2011, doada ao município pelo proprietário do Circo Biriba, Carlos Antônio Spíndola, o popular “Biriba”. A aliá veio do Uruguai, onde trabalhou debaixo da lona até o governo, a exemplo de outros países como o Brasil, proibir a apresentação de animais em espetáculos circenses.
Na época, a doação de Maison ganhou a mídia porque, após a negociação, descobriu-se que o Zoológico Municipal de Ribeirão Preto não possuía a estrutura exigida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Centro de Fauna Silvestre para abrigar o animal. Passou um ano e cinco meses em um recinto improvisado.
Em março de 2013, ganhou um espaço adequado a legislação ambiental. O recinto possui 1,5 mil metros quadrados e tanque de 100 m² e custou ao município R$ 644 mil. Parte do recurso foi obtido por meio do Programa Integrado de Educação Ambiental (Piea), do governo federal.
Na época, o primeiro projeto de adequação foi orçado em R$ 1,3 milhão. Por fim, com metade do valor inicial, o recinto foi entregue com atraso. A elefanta Maison, asiática, tem 44 anos, pesa quatro toneladas, bebe cerca de 100 litros de água por dia e gosta de frutas, principalmente maçãs.